Treinador dos lobos garante foco total no próximo adversário, o Casa Pia, e continua com Fontán em dúvida
Marcado inicialmente para dia 28 de setembro, o Arouca-FC Porto vai ser adiado devido à Feira das Colheitas. Apesar da distância temporal, o treinador dos lobos foi confrontado, este sábado, com essa polémica que marcou os últimos dias de preparação da receção de amanhã ao Casa Pia. E a resposta foi taxativa.
"Não tem efeito nenhum. O nosso foco está no Casa Pia. Treinámos muito bem estas duas semanas. A pausa das seleções foi boa para que nós pudéssemos estabilizar em termos daquilo que é o grupo, daquilo que é também o mercado, o fecho do mercado. Ou seja, tudo foi muito importante para nós. A nossa administração tem uma grande vantagem, não me deixa pensar nessas coisas, por isso não tenho nada que me preocupar com isso. Eu sei que eles fazem sempre o melhor, tentam fazer o melhor para que nós possamos ter as melhores condições. Quando essa data for marcada, vamos para o jogo e vamos tentar jogar esse jogo para ganhar. Agora é só foco no Casa Pia", indicou o treinador do Arouca.
Para essa partida, Vasco Seabra tem três jogadores em dúvida, no caso Alex Pinto, Solà e Jose Fontán. Este último, sofreu uma dura entrada de Nélson Oliveira, durante o V. Guimarães-Arouca, e deixou o Afonso Henriques de canadianas. A ação do avançado dos minhotos foi punida com um cartão amarelo, mesmo depois de o árbitro Gustavo Correia ter sido chamado ao VAR. O juiz dessa partida foi avaliado com um "insatisfatório" pelo Conselho de Arbitragem da FPF, enquanto o VAR levou um "muito satisfatório". O treinador do Arouca, contudo, não quis atirar mais achas para a fogueira.
“Repare, eu acho que o facto de o Conselho de Arbitragem já ter partilhado a sua própria opinião, inclusivamente externamente, já também fizeram a análise do próprio lance, nós não vamos mandar mais achas para a fogueira. Foi decidido, foi divulgado, todas as pessoas falham, nós também, eu como treinador, os jogadores que jogam também falham... Eu tive a oportunidade de dizer ao árbitro aquilo que achava no momento, por isso as coisas ficam entre nós. Todos compreendemos isso e seguimos, não ficamos muito agarrados àquilo que foi ou que podia ter sido. O Alex Pinto, o Solà e o Fontán são os três jogadores que temos em ainda dúvida apara amanhã, perante a condição física que já vinha desse jogo. Vamos fazer ainda algumas situações para ver como eles se sentem para o jogo de amanhã", explicou Vasco Seabra.
O treinador bem queria colocar o foco no jogo com o Casa Pia, mas houve outros temas a sobreporem-se na conferência de imprensa, nomeadamente os dois últimos reforços assegurados pelos lobos. Espen van Ee e Romualdas Jansonas foram apresentados pelo técnico e estão ambos disponíveis para o jogo de amanhã.
"O Espen esteve mais tempo connosco, acabou por ter as duas semanas da paragem, é um médio capaz do ponto de vista técnico, com um bocadinho mais de abrangência até do que aquilo que tínhamos dentro de portas, mas que tem um bocadinho a ver com as mesmas características, bom tecnicamente, capaz de ser um equilibrador de equipa, simples de processos, dá fluidez ao jogo, tem alguma dimensão em termos de choque e de combatividade também, é um jogador que penso que acrescenta mais soluções àquilo que é o nosso meio campo, e portanto felizes por termos conseguido que ele viesse e que esteja connosco", arrancou Seabra sobre o homem contratado devido à lesão do também reforço Mateo Flores, que será baixa por "três a quatro meses".
E prosseguiu: "O Jansonas é um jogador muito jovem, que vem de um contexto muito diferente também, mas é um jogador com um talento que identificamos e que sentimos que tem capacidade para criar concorrência e combatividade naquilo que são os nossos outros dois pontos de lança, sentimos que ficamos muito bem apetrechados na frente com isso, é um jogador que tem capacidade, é móvel, tem uma dimensão física boa, mas é ágil, ou seja, apesar de ser bastante alto, é ágil, tem bom remate, uma finalização com qualidade, sentimos que quanto mais depressa se adaptar ao contexto, mais capacidade vai ter para que o talento dele possa despontar, é um jogador em quem depositamos expectativas, um jogador de projeto para curto, médio prazo poder ser alguém que combate pela titularidade e obviamente alguém que também em termos de plano de clube, alguém que temos alguma expectativa também no futuro.”
Indo, então, ao Casa Pia, o treinador dos lobos foi recordado sobre as críticas que teceu ao antijogo dos gansos, na época passada, após o empate a zero no Municipal de Arouca, confessando que espera amanhã um jogo diferente desse.
"Eu acho que cada jogo é um jogo, são circunstâncias. Naquele jogo queixei-me… normalmente até nem falo da postura dos adversários, porque cada um usa a estratégia que deve usar e isso não tenho de o criticar. Na altura foi também pelas sensações finais do jogo. Mas essencialmente sentimos que é um adversário difícil, que fez um bom mercado, que penso que o plantel até ficou mais próximo daquilo que são também as ideias e as intenções do treinador em função daquilo que é a ideia de jogo. Por isso é uma equipa agressiva, é uma equipa difícil de bater, tem um bloco normalmente muito coeso, sofre poucos golos. É também uma equipa difícil porque não se destabiliza em função daquilo que é a construção do adversário e, portanto, vai-nos sempre exigir essa paciência. Há necessidade de nós sermos audazes, corajosos, de termos essa paciência para conseguirmos jogar, mas ao mesmo tempo estarmos em alerta máxima no momento de ganho de bola do Casa Pia, porque é uma equipa muito vertiginosa, com jogadores também de dimensão muito grande em termos físicos para se poderem projectar. Um jogo difícil, que vai naturalmente exigir de nós, mas estamos na 1.ª Liga também, todos os jogos são muito competitivos, por isso este será mais um, temos que estar no nosso máximo e limite", analisou Vasco Seabra, antes de explicar como se ataca um bloco baixo como o dos gansos.
"Temos vindo a evoluir como equipa, porque, apesar de termos mantido uma grande base do ano anterior, a verdade é que entraram também bastantes jogadores. Entraram 8, 9, 10 jogadores, o que acaba por ser também um número grande perante aquilo que é o plantel. E, naturalmente, essas próprias relações, as ligações que criámos, necessitam desse tempo para conseguir interiorizar-se e também desse estofo de confiança e de segurança para aquilo que são a ideia de jogo coletivo e todos sentirem peixe na água dentro do aquário, dentro daquilo que nós fazemos", começou por afirmar o técnico.
E prosseguiu: "Quanto mais crescemos enquanto equipa pelas relações, mais dificuldades conseguimos também criar no adversário. Além disso, obriga-nos a ter mais alternativas para conseguirmos colocar mais gente dentro do bloco, conseguirmos ter mais soluções, de conseguirmos que a linha defensiva e a linha média sejam puxadas a determinados momentos de pressão para conseguirmos encontrar esses espaços e fazê-los mexerem-se, porque se nós não os fizermos mexer, se andarmos muito passivos naquilo que é o jogo e a construção, naturalmente o Casa Pia fica cada vez mais estável e esses espaços não vão ser encontrados. Então nós temos criar essas condições."
O remate veio logo se seguida: "De qualquer das formas, tem sempre a ver com esta busca de procurar atrair para conseguir explorar, procurar criar dúvida em quem marca quem para nós podermos ter essas soluções. Isso naturalmente implica frescura do ponto de vista mental para conseguirmos decidir bem naquilo que é o jogo e portanto temos que estar muito frescos, mas também muito agressivos e proativos, tanto defensivamente como ofensivamente. Às vezes falamos muito da nossa parte ofensiva, porque naturalmente somos uma equipa que é muito protagonista no jogo, mas também sabemos que temos que ser muito capazes do ponto de vista defensivo, temos que também ser muito agressivos, porque esse é um momento muito importante do jogo e que se não fizermos o Casa Pia, sentindo-se tranquilo com a bola, também nos criará muitas dificuldades."
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