Treinador dos lobos espera pontuar frente aos minhotos sem olhar aos adversários diretos na classificação
Vasco Seabra fez, esta quinta-feira, a antevisão do jogo de amanhã, referente à 19.ª jornada da Liga Portugal Betclic, frente ao Moreirense, em Arouca. O treinador dos lobos voltou amiúde à partida da última ronda, o empate com o Vitória, em Guimarães, projetou o futuro imediato sem olhar aos adversários diretos na fuga aos lugares de despromoção e ainda confirmou que Mansilla já o faz tremer na hora de escrever a lista de convocados.
O treinador do Arouca também falou de Sylla, que impulsionou a equipa para o empate (2-2) em Guimarães, alargando também a análise a outros elementos que saltaram do banco para assinarem boas prestações. E, sobre o duelo com o Moreirense, não mostrou dúvidas: "Temos que estar na nossa melhor versão."
Ciclo positivo do Arouca e negativo do Moreirense: "Sabemos que o Moreirense é uma equipa difícil, muito difícil de bater. O momento, em termos de últimos resultados, não ditou também aquilo que eles fizeram. Por isso sabemos que é uma equipa muito compacta, muito rotinada já, que tem uma grande base também já trazida da época anterior, o trabalho do César [Peixoto], e portanto nós sentimos que vai ser um adversário que vem à procura de inverter esse ciclo e nós, pelo sentido inverso, vivemos com a vontade de dar continuidade e de voltarmos novamente às vitórias, sabendo que estes últimos cinco jogos foram importantes para nós fazermos 8 pontos. Também sabemos que, em termos exibicionais, a nossa equipa tem crescido naquilo que é confiança e naquilo que é qualidade no jogo, tanto no processo defensivo como ofensivo. Portanto, sabemos que vai ser um jogo difícil, acredito que vai ser um jogo bom de acompanhar, com duas boas equipas e onde nós sentimos que temos que estar realmente na nossa melhor versão, dando continuidade àquilo que têm sido também as nossas exibições, olhando para todo o jogo que foi do último contra a Vitória e vincando ainda mais aquilo que foi a segunda parte, onde foi ainda mais visível aquilo que nós pretendemos fazer."
Consistência: "Essa consolidação, essa consistência é aquilo que andamos realmente à procura. Nos jogos para trás tínhamos vindo a ser mais a espaços. Contrariamente àquilo que foi a opinião global, eu achei que nós fizemos um jogo bastante competente durante todos os 90 minutos, ou os 98 minutos. Tivemos foi períodos dentro do jogo em que não fomos tão consistentes, principalmente na primeira parte, em alguns momentos de transição defensiva. E isso depois deu uma sensação de que nós estivemos com o jogo descontrolado na primeira parte, mas nós na primeira parte tivemos várias oportunidades muito claras para conseguirmos finalizar e tivemos grande parte do domínio do jogo também com bola e com capacidade para desconstruir o adversário. Por isso, eu penso que já foi um jogo bastante mais completo. De qualquer das formas, concordo que nós queremos dar essa sequência de continuidade e consistência no jogo. E essencialmente demonstrarmos, além da qualidade que temos vindo a apresentar e que neste jogo já apresentamos com mais evidência, mas aumentarmos aquilo que tem vindo a ser também um crescendo que é do ponto de vista físico, do contacto, do duelo, do domínio, do garantir poder pressionar durante mais tempo em mais zonas do campo, seja mais alto, mais baixo ou intermédio. E, portanto, a equipa neste momento saber-se adaptar aos diferentes momentos do jogo, às diferentes fases, mas saber-se estar em todas elas. E esse é um momento de consistência que nós queremos, porque sentimos que também isso é que nos vai poder fazer conquistar mais pontos, porque a equipa que está mais preparada para poder jogar nos diferentes momentos e fases, naturalmente estará mais propícia para poder vencer. Por isso é por aí que queremos ir, sim."
Sylla, em final de contrato, tem sido suplente: "É competir. O Sylla não jogou os outros dois jogos porque, na minha ótica, os outros estavam melhores e estavam a provocar-me um desejo mais de conforto e de confiança para aquilo que eram as ações deles em jogo. E o Sylla continua a trabalhar e tem sido um elemento preponderante na forma como trabalha porque, felizmente, o grupo está cada vez mais pequeno, está cada vez mais competitivo. Nem sequer falamos sobre isso [fim de contrato], é uma decisão que é dele, do clube. É uma coisa que é normal e natural, por isso eles também já estão preparados e habituados a este tipo de coisas. Aquilo que eu sinto é que o Sylla está focado, com uma vontade muito grande de ajudar a equipa e a verdade é que entrou muito bem no jogo, esse é um facto. Entrou muito bem no jogo, ajudou muito a equipa, o Jason também tinha feito um esforço muito grande na primeira parte para poder tentar ajudar a equipa porque tinha passado mal a noite. Por isso, importante é nós sentirmos o crescimento do Sylla, que já tinha dado também bons sinais no jogo de treino que tínhamos feito na paragem também de crescimento e de querer aproximar-se daquilo que são os índices normais que todos nós conhecemos do Sylla. São fases, são momentos, o Pablo também está a crescer, que é uma posição onde o Sylla também andou, por isso parece-me que o importante é eles conseguirem sentir que têm mesmo que dar ao pedal para poderem provocar-me dores de cabeça e eu ter soluções para que eles possam competir."
Jornada determinante: "Todas são muito importantes. Queríamos muito ter ido a Guimarães e termos vencido porque tinha sido interessante nós darmos essa sequência e acho que poderia ter realmente acontecido por aquilo que fizemos, por isso esta é a jornada realmente muito importante. É muito importante porque é a próxima, já estamos na segunda volta, por isso cada jornada que passa é menos uma para o final. Nós queremos viver isso sem desespero, mas com uma vontade muito grande de agarrarmos a nova oportunidade que temos. Esta é a nova oportunidade que nós temos, temos que ir com tudo para conseguirmos conquistar três, porque confiamos muito que as coisas tendem a que a gente com estes passos vá subindo e crescendo também em termos classificativos, por isso naturalmente é uma jornada muito importante porque é uma oportunidade, porque é uma oportunidade de conseguirmos fazer três pontos."
Entradas a perder: "Quando eu cheguei, pelo menos era a sensação que eu tinha, a equipa tinha dificuldade até em reagir à adversidade. Quando começávamos a perder, nós novamente ficávamos um bocadinho batidos e tínhamos dificuldade em reagir. Acho que a equipa ainda não tinha conseguido, depois de estar a perder, conseguir chegar a pontos. Isso começou a acontecer, depois, na fase do jogo do Gil Vicente, depois no Bessa e agora novamente. Eu acho que isso são reflexos, é da confiança que a equipa tem, que consegue e já tem força para, independentemente daquilo que acontecer no jogo, a equipa tem força para se conseguir superar e para conseguir ir atrás mesmo numa situação de desvantagem. A verdade é que nós, desde o jogo do Santa Clara, temos vindo a conseguir conquistar um bocadinho mais de consistência na duração dos jogos, naquilo que tem vindo a ser também o gerir estes momentos do jogo e estas ansiedades que são próprias que acontecem e sinto que a equipa está mais forte, mais capaz do ponto de vista emocional de lidar com o adversário. O adversário pode fazer um golo, pode acontecer, é um jogo, por vezes nós estamos a fazer bem as coisas e acabamos por sofrer um golo e temos que seguir, temos que dar continuidade porque o jogo continua e nós temos que ir atrás outra vez. Agora, o desafio passa a ser nós irmos para a frente do marcador primeiro e depois conseguirmos dar essa continuidade e essa estabilidade para termos essa força e terminarmos o jogo na frente."
Jogar na abertura da jornada: "Sim, compreendo. Independentemente do clube que está connosco, com os mesmos pontos, ganhar ou perder ou empatar é fictício. Ou seja, neste momento é fictício, é altamente fictício, porque nós sabemos que não há condições de identificarmos já quais são as equipas que vão estar, por exemplo, nas últimas três ou quatro jornadas a lutar nos últimos lugares. Por isso, aquilo que nós sabemos é que muito mais do que aquilo que são os outros, os resultados dos outros, nós temos que olhar realmente muito para nós. Temos que fazer os nossos pontos, temos que nos equilibrar e calibrar perante aquilo que são os nossos andamentos, a forma como a gente quer andar. Nós temos que fazer os nossos pontos para crescermos na classificação, para crescermos também na confiança, na autoestima. Por isso, compreendendo aquilo que é a necessidade de jogar antes ou depois, porque já sabemos os resultados, é focarmos em nós. Por isso, temos a vantagem de que iniciamos a semana, ou o fim de semana no caso, iniciamos o fim de semana, queremos ser o jogo que muita gente está a ver e para isso queremos provocar também um bom desempenho e queremos desafiar-nos a dar um salto em termos exibicionais, dando consistência àquilo que tem sido o nosso percurso e focarmos naquilo que é a conquista dos nossos três pontos."
Mais reforços?: "Neste momento não está isso em perspectiva. Felizmente somos um clube que estamos sempre ativos em tudo que é situação de mercado, felizmente também temos muitos jogadores que são apetecíveis para outros clubes, por isso também sabemos que há abordagens por alguns, o que também é positivo, porque é sinal que eles têm qualidade, portanto nós estamos sempre ativos na visualização daquilo que pode acontecer. A perspectiva é que neste momento nos sentimos confiantes com os dois reforços que recebemos, falta realmente a entrada de um guarda-redes para competir com o Nico e com o João, e portanto neste momento a perspectiva é esta, é dar esta sequência, esta continuidade, fortalecermos o grupo. Se eventualmente alguma coisa surgir será pontual, por isso o que queremos é realmente valorizar os que temos, sermos cada vez mais fortes e consistentes, estarmos bem agarrados uns aos outros, porque temos muito para fazer para a frente."
Competição interna é agora maior: "Falei há pouco do Pablo, e eu nem gosto muito de individualizar, mas o Pablo, por exemplo, fez o segundo jogo a titular, foi entrando aos bocadinhos, e foi conquistando espaço. Agora tem que mostrar que tem capacidade para aguentar o barco. E isso refletiu agora a entrada do Sylla, do Fukui, do Dylan, mesmo do Puche e do Henrique, que entraram um pouco mais tarde. O Puche ainda com bastante tempo, mas o Henrique até só mesmo os 8, 10 minutos finais, mas o Puche é já com quase 20 minutos. Têm vindo a ganhar também o seu espaço, e isso é o sinal que me vão batendo à porta, que me vão dizendo que estou aqui. Por isso, se o outro der o pisca da direita, eu já estou aqui prontinho para me ter no lugar de estacionamento. Por isso é um facto que essa é a competição que a gente procura, que a gente anda atrás, é essa competição interna, porque eles têm qualidade, e portanto como eles têm qualidade, eles têm que sentir que não há margem para facilitar. Se eu facilito uma nesga, o outro já está ali prontinho para me poder sacar o lugar, entre aspas, porque essa é a competição que nós queremos internamente. E concordo que as cinco entradas [em Guimarães] que tivemos, foram cinco entradas no jogo que trouxeram sempre acrescento àquilo que nós estávamos a fazer. Isso primeiro é sinal de espírito de equipa, porque é sinal que eles respeitam aquilo que foram as decisões do treinador e respeitam o colega que estava a jogar, mas ao mesmo tempo é o respeito próprio de quererem mostrar que também estão preparado para poder ser opção. Por isso, vamos nessa confiança, nessa convicção também, e acreditando que eles nos conseguem ajudar."
Ausências por lesão: "Nino [Galovic] e o Pedro Moreira, os dois que estão de fora."
Brian Masilla: "Sim, é uma opção que está em crescendo. Esteve mais tempo parado do que, por exemplo, o Dylan, porque teve mais quase 10 dias de férias, mas é um jogador inteligente e que consegue perceber aquilo que procuramos. É mais uma opção para o jogo, mais uma opção válida também, e felizmente já me começa aqui a fazer cócegas no momento de escrever a convocatória. Por isso, bom sinal também, vamos com essa expectativa do crescimento dele e de poderem-se desafiar uns aos outros."
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