O diretor-geral do AVS, Diogo Boa Alma, justificou esta 5.ª feira o ingresso no último classificado da Liga Betclic com o desafio de evitar a descida e construir alicerces sólidos para o futuro do clube.

"Este é um desafio extremamente interessante, num clube que tem vindo a crescer e quer ficar durante muitos anos na Primeira Liga. Está numa fase de viragem, dando passos sustentáveis para continuar nesta fase ascendente", disse Diogo Boa Alma.

O agora dirigente do AVS admitiu ter ficado seduzido pelo projeto que lhe foi apresentado e o fez interromper o papel de comentador no 11, canal televisivo da Federação Portuguesa de Futebol.

"Neste período em que estive fora, cerca de um ano e 10 meses, tive, felizmente, várias propostas para regressar, mas não o quis fazer. Aqui, vi algo diferente: vejo um projeto sólido, sustentado, com pessoas que sabem o que querem para o clube. Deram-me muita confiança e responsabilidade, houve muito interesse em contar comigo, com funções alargadas", explicou.

O diretor-geral do AVS já iniciou funções no emblema nortenho, com a "análise de todos os departamentos e os recursos humanos existentes", numa estratégia de "organizar e estabelecer novos procedimentos".

"É fantástico ver os profissionais que existem nesta casa e a vontade de todos para trabalhar em prol do sucesso do AVS. No fundo, foi entender como era o funcionamento anterior, estabelecer novos procedimentos em algumas circunstâncias, em que o departamento de futebol passou a estar, eu diria, mais fechado, mais curto, com menos gente próxima dos jogadores", revelou, acrescentando que, depois, haverá "tempo para ir colocando outras inovações".

Diogo Boa Alma, de 43 anos, admitiu que o percurso da equipa até dezembro não terá impacto no trabalho de reforço da equipa a partir de janeiro, tendo em conta que se trata de "um planeamento a médio e longo prazo".

"Se estivermos numa situação mais confortável, ajuda e seremos mais atrativos [no mercado]. De resto, é um planeamento de médio e longo prazo. Sabemos a situação em que estamos, mas nunca vi um campeão ou uma descida de divisão em novembro", argumentou, insistindo na ideia de "um projeto sólido".

Para Diogo Boa Alma, "o investidor vê isto como uma paixão sua", independente do patamar em que o AVS está.

"Temos confiança no que temos nesta casa e muito mais qualidade do que os resultados expressam. Até à reabertura do mercado, há muito jogo para ser disputado e alguns imponderáveis. Queremos é continuar a crescer", concluiu.