Bruno Costa Carvalho, candidato à presidência do Benfica, considera que o regresso de Jorge Jesus às águias demonstra "desnorte" na atual direção. Entre elogios à capacidade do treinador, considerou que a contratação de JJ é exemplo de uma contradição em relação à prioridade de aposta no Seixal.
"O que está em causa não é a competência de JJ para o cargo, ainda que haja muito mais treinadores do mundo capazes. O que está em causa é que não há qualquer projecto desportivo. Não há. Ponto. Posso passar por cima das acusações de traição, de roubo informático, de pedidos de indemnizações de 14 milhões ou das suspeitas levantadas de que as nossas vitórias tinham a ajuda dos árbitros. Passo por cima disso tudo. Até passo por cima das frases de que JJ nunca mais seria treinador do Benfica. O que não se pode passar por cima é que uns dias é com o Seixal que se é campeão europeu, que o Rui Vitória é que entendia a dimensão europeia do clube, e depois se vá buscar, de novo, o treinador que era acusado de não potenciar os Bernardos Silvas que o Benfica produz", disse no Facebook, deixando uma questão: "Será que João Félix teria jogado com JJ ou teria sido vendido por 15 milhões?"
"Já se percebeu que o desnorte é completo. Há uma estratégia de sobrevivência pessoal de um Presidente que se vê cercado de casos jurídicos e que terá a maior das dificuldades em chegar em condições dignas ao acto eleitoral. JJ que, pelos vistos, será treinador do Benfica que seja feliz, a bem do Benfica. Repito, o problema não está em Jesus. O problema está na completa deriva em que está o Benfica. Um clube ao serviço de uma pessoa e não o contrário. Dá pena...", concluiu Bruno Costa Carvalho.
Por Record