Carlos Tavares: «Pode configurar crime de mercado»

Carlos Tavares, presidente da CMVM, revelou ontem que foi aberto um processo de inquérito para perceber se houve manipulação de mercado no caso da anunciada OPA chinesa ao Benfica e que pode até recorrer à intervenção do Ministério Público.

O ex-ministro da Economia lançou ontem o aviso sobre o “ruído” que, diz, tem tido eco através da imprensa no caso desta última alegada OPA à SAD encarnada: “O aspecto que mais preocupa hoje o regulador é o ruído que tem vindo a ser feito, naturalmente, através da comunicação social, mas a cobro do anonimato.”

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Para Carlos Tavares, este tipo de actuação pode mesmo requer uma investigação judicial mas pede a ajuda dos órgãos de comunicação para filtrar algumas destas iniciativas: “Penso que a comunicação social pode ter aqui um papel muito importante, crítico, de ajudar a prevenir estas situações, que podem configurar crimes de mercado, quer notícias ao serviço de alguns accionistas da empresa em prejuízo de outros.”

Ajuda

O presidente da CMVM admitiu que precisa de toda a ajuda e que caso não consiga, através dos meios ao seu dispor, chegar ao fundo desta questão, poderá entregar o caso ao Ministério Público que terá “outros meios” para chegar ao fundo da investigação acerca da OPA chinesa que, recorde-se, foi anunciada por Vasco Pereira Coutinho, empresário português com interesses em Macau que, todavia, afirmou não fazer parte do grupo de investidores interessados na operação bolsista.

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Ainda segundo Pereira Coutinho, o seu papel seria apenas de apresentar a OPA e estabelecer alguns contactos para o grupo que, explicou, estaria sediado na China continental. A notícia provocou um aumento recorde das acções encarnadas que chegaram a subir 65%.

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