Gonçalo Almeida Ribeiro, candidato à presidência da Mesa da Assembleia Geral, manifestou-se hoje preocupado com "imperfeições" e "irregularidades" que disse ter encontrado nos cadernos eleitorais. O antigo vice-presidente do Tribunal Constitucional revelou que apenas um terço dos sócios inscritos nos cadernos eleitorais, que fecharam a 25 de setembro, pode votar.
As alegadas irregularidades, algo que fonte oficial do Benfica considerou ser "totalmente falso", foram detetadas depois de uma reunião ordinária entre o presidente da MAG, José Pereira da Costa, e os representantes das listas concorrentes às eleições de sábado. Neste encontro, sabe Record, esteve um responsável da Multicert, empresa que vai fiscalizar as eleições, e foram discutidos vários aspetos logisticos da operação, como transporte dos votos. Por outro lado, só amanhã de manhã haverá número final de votantes, devido ao processamento do pagamento das quotas.
"Eu tinha solicitado ao presidente da Mesa da Assembleia Geral que, após a reunião, me facultasse a possibilidade de examinar o caderno eleitoral. Fiz esse exame, naturalmente por amostragem - estamos a falar de um ficheiro com qualquer coisa na ordem dos 250 a 300 mil linhas, que estimo que tenha entre 7 e 8 mil páginas - , e pude verificar uma coisa que, não deixando de ser preocupante, não é alarmante", sublinhou.
Depois, o candidato à MAG pela lista de Noronha Lopes precisou. "No seu estado atual, o caderno eleitoral contempla alguns sócios que, sabemos, já morreram e outros que, tendo feito uma recuperação do número antigo, continuam a constar com o número mais alto, isto é, o mais recente. Agora, também é verdade que foi dado um prazo até 48 horas para os sócios do Benfica regularizarem a sua situação ou recuperarem o número, podendo por isso votar nas eleições ou nos casos de recuperação ter um número de votos mais elevado."
Em declarações aos jornalistas fora do perímetro do Estádio da Luz, Almeida Ribeiro foi mais específico. "A única informação que tenho é que, dos cerca de 250 ou 270 mil sócios que estão no caderno eleitoral, estima-se que 180 mil, portanto dois terços, mais ou menos, é que têm efetivamente o direito a votar", fez notar, destacando: "Preocupa-me que, da amostragem que fiz muito rapidamente, tenha encontrado um número tão grande de situações que não deviam estar no caderno eleitoral."
O juiz-conselheiro admite voltar a consultar os cadernos amanhã e espera que as eleições sejam "tão limpas e corretas quanto possível". "Há pequenas irregularidades em todas as eleições. O problema é quando a soma das pequenas irregularidades é demonstrativa de um padrão subversivo da inferioridade do acto eleitoral. Se isso acontecesse seria uma tragédia no Benfica, tendo em conta que estas eleições são tão importantes e umas eleições num momento histórico de tanta divisão."
Garantindo que haverá "delegados em todas as mesas de voto", numa "operação logística sem precedente", Almeida Ribeiro deixa para depois das eleições a possibilidade de haver impugnação, se se verificarem irregularidades. "O importante é que, no dia das eleições, só possam votar aqueles sócios que efetivamente reúnem os requisitos estatutários para votar e que só votem uma vez. Estou crente que estas serão as eleições mais corretas na memória recente do Benfica e que há um empenho real da Mesa da Assembleia Geral em que assim seja. Isso é indispensável para que o Benfica tenha paz institucional. Eu, se for eleito presidente da Mesa da Assembleia Geral, envidarei todos os esforços para que o Benfica seja um clube absolutamente exemplar do ponto de vista dos procedimentos democráticos que adota."
Almeida Ribeiro deu um exemplo de como se pode garantira a regularidade da votação. "Quando um sócio vai votar, o termo técnico que se usa é cantado em voz alta o número de sócio, o número de identificação civil. Isto para garantir que o portador do cartão de sócio corresponde àquela pessoa que está identificada pelo seu número de identificação civil."
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