Nuno Catarino e o mercado de transferências do Benfica: «Pequenos ajustes terão de se fazer»

Nuno Catarino
• Foto: Pedro Ferreira

Nuno Catarino, CFO do Benfica, foi um dos convidados da 3.ª Conferência Bola Branca, da Rádio Renascença, que decorre esta terça-feira, e abordou vários temas da realidade Benfica: do mercado de transferências ao 'naming' do estádio, o vice-presidente do Conselho de Administração da Benfica SAD analisou alguns dos assuntos que marcam a atualidade dos encarnados.

Há pouco tempo expressou a ideia de chegar aos 500 milhões de receitas em cinco anos.

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"Temos desafios de receita claros para a dimensão do futebol português, mas acreditamos que temos um bom produto, temos um estádio grande para a realidade do futebol português, temos muita procura pelo nosso produto. Estamos a expandir o estádio, haverá outras novidades em que estamos a trabalhar e que vão ser implementadas nos próximos anos. Chegar aos 500 milhões tem várias lógicas e substâncias por trás. É o número que acreditamos que vão ter os clubes que estão entre o 10.º e o 20.º lugar na Europa em termos de receita daqui a cinco anos. Para sermos competitivos e sermos ainda melhores temos de ter uma base de receita substantiva dessa dimensão. Subjacente a esse número, o plano é crescer substancialmente as receitas recorrentes e de operação para reduzir dependência. É uma dependência estrutural do mercado português e é igual para todos os clubes, mas queremos ganhar capacidade para reter mais tempo os nossos jogadores".

Vão vender quantos jogadores este ano?

"O Benfica não está vendedor. Não está pressionado para vender."

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E comprador?

"Comprador... são os pequenos ajustes necessários fazer e que terão de se fazer".

Preparados para recuperarar Nélson Semedo, Lindelöf, Bernardo Silva…

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"O meu pelouro é financeiro. Não somos nós que falamos. Voltamos sempre aqui à mesma questão, passamos mais tempo a discutir fora do relvado do que no relvado. Esses nomes estariam no relvado. Continuidade do treinador não é o meu pelouro, mas fomos bastante claros sobre isto."

As eleições comprometem o plano?

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"O foco, neste momento, tem de ser o Mundial de clubes, que começa daqui a duas semanas. O foco tem de estar na preparação da época, que é bastante atípica para os clubes que estão no Mundial. Os jogadores vão para as seleções, voltam e depois vão para Miami, para uma competição importantíssima para futebol português. Na Europa, o máximo de clubes que havia por país eram dois e vamos ter dois clubes. É uma competição que vai projetar o futebol português e o Benfica, em particular, num mercado importantíssimo como os EUA onde já temos parcerias que nos vão ajudar ao plano dos 500 milhões. Os estatutos definem quando deve haver eleições, quando deve haver campanha, ocorrerá tudo com a normalidade que é devida e que foi pensada. O meu foco é o da preparação e de manter o plano dos 500 milhões. Este tem ser o foco do Benfica, ter um Benfica europeu e não mais pequeno. Não projetamos falhanços na entrada da Liga dos Campeões. Não contamos com mundiais todos os anos no tal plano dos 500 milhões. Plantel mais alargado, não vai haver férias, é uma experiência nova. Vai uma equipa inteira para os EUA, volta, passado uma semana está a jogar a Supertaça, depois a pré-eliminatória da Champions e o início do campeonato. É em contínuo. Vai ser uma época muito atípica, que vai afetar bastante o mercado de forma global, não o do Benfica em particular".

Quando será conhecido o naming?

"Não quero anunciar. Definimos sempre primeiro o perfil de parceiro. Sabemos, definimos. Queremos grandes marcas. Estamos disponíveis para ceder o naming nas condições económicas razoáveis e boas para o Benfica a marcas que tenham projeção internacional, estejam ligadas ao desporto e a grandes marcas internacionais. As propostas chegam quando chegarem e na altura a decisão será tomada. Até outubro? Vai depender se chegarem até outubro. Já tivemos várias. O que é certo neste critério de valorização do produto, da qualidade do patrocinador, as coisas levam mais tempo. Temos de puxar pela valorização do produto. Jjá podíamos ter fechado por valores também razoáveis, mas estamos a negociar".

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