Rui Costa justificou o prejuízo de 35 milhões de euros da SAD do Benfica em 2021/22 com a intenção de privilegiar os resultados desportivos, optando a Sociedade por não transferir mais alguns dos principais jogadores e fazer apenas alguns acertos a nível salarial.
"Ao fim de três anos sem títulos, decidimos apontar baterias aos aspetos desportivos. Acredito que os que seguiram o mercado deste ano tenham assistido a uma reformulação do plantel na qual privilegiámos os aspetos desportivos, criando dinâmica diferente do passado e fazendo cerca de 43 operações neste mercado. Este resultado acontece porque optámos por reformular o futebol profissional do Benfica, não aconteceu por falta de meios para o inverter, vocês próprios foram noticiando quantas propostas foram chegando apra os nossos atletas. E foi opção nossa não fazer essas vendas. Mas isso não nos levaria aos resultados desportivos que temos tido até aqui", começou por dizer o presidente do Benfica na apresentação dos resultados da SAD.
"Temos primeiro que equilibrar o plantel, foi o que fizemos bem. Não está completo o processo, mas demos passos gigantes para que acontecesse em breve. Reduzimos a massa salarial, mantivemos jogadores do plantel e iremos chegar à simbiose que queremos. Resultados desportivos e financeiros. Foi a estratégia da SAD, agradeço a todos os meus colegas. Quero essencialmente tranquilizar o universo benfiquista, que este resultado, apesar de ser negativo, foi pensado, estruturado e não aconteceu por falta de meios para o inverter. Este clube está muito saudável. E isto foi possível graças ao trabalho que tinha sido feito anteriormente que nos dá condições financeiras", acrescentou Rui Costa, rematando: "não queremos ter de andar a vender ao desbarato, para ter de correr atrás do prejuízo. Queremos criar bases para podermos mandar no mercado e não o contrário. Queremos este equilíbrio do plantel."
Por Valter Marques