Treinador do Benfica analisou triunfo sobre o Bayern Munique, por 1-0
O que significa para si e para os jogadores esta vitória histórica?
"Significa muito. Principalmente porque o Benfica nunca tinha vencido o Bayern, foi ao 15.º jogo. Ainda por cima numa competição muito importante e que nos permitiu terminar o grupo em 1.º. Estes jogadores já tiveram bons momentos ao longo da época, mas o mais importante foi a forma como encararam o jogo e implementaram a estratégia que idealizámos. Enquanto treinadores, o melhor é perceber que os homens que lideramos morrem por nós e pelas nossas ideias".
Está satisfeito por evitar o Flamengo?
"A questão da 'vantagem', e posso ter usado esse termo, tem a ver com o facto de os clubes brasileiros estarem a meio da época. Têm um campeonato muito difícil, com muitas viagens... Muitas das equipas não têm avião particular, como era o meu caso no tempo do Botafogo. As equipas europeias não tiveram tempo para preparar a época. Tive jogadores nas seleções que, depois, regressaram para jogar o Mundial de Clubes. Quando falei em vantagem foi isso. Mas acho que as equipas brasileiras estão a fazer um trabalho muito bom. Botafogo seguiu em frente com um grupo muito difícil, Flamengo está numa posição muito boa, Palmeiras ontem recuperou de um 2-0 para um 2-2... Todos têm feito uma campanha muito boa e estão a aproveitar este Mundial para se darem a conhecer ao mundo. Os jogos a esta temperatura também se fazem no Brasil. Nós viemos com este espírito de mostrar ainda mais o que é o nosso valor, e também estamos a aproveitar a oportunidade. A nossa promessa é de trabalho. Não vamos vencer os jogos todos, mas temos de entrar em campo, jogar bem, ser agressivos, ter os olhos na baliza do adversário e dar tudo pela nossa camisola e por este grande clube".
Benfica pode conquistar o Mundial de Clubes? Reabertura do mercado, disse que falava de um ala e de um mercado. Já vai contar com eles na próxima fase desta prova? Carreras já está de saída?
"Saímos da pressão para a euforia... Temos de dar um passo de cada vez. Agora temos de recuperar os jogadores que foram fantásticos. E vocês têm sentido este calor à hora dos jogos... Dar tudo por tudo por esta camisola. Mercado? Todos os jogadores que estão cá continuam em prova. O que disse do Álvaro foi que é preciso olhar para trás e perceber a evolução e rendimento dele. Há pessoas que estão a tratar desse assunto. Gostávamos de continuar com ele, mas se houver uma proposta pela cláusula para que ele prossiga com a sua carreira, essas pessoas vão tratar disso. Neste momento, não tenho informações de jogadores que possam chegar e integrar o Mundial".
Apostou em Prestianni e Schjelderup. Foi para contrariar a maneira como o Bayern se apresenta defensivamente?
"Foi, quase em jeito de brincadeira, um 'eles vão com os grandes, nós com os pequeninos'. Pequeninos mas atrevidos. Depois, ter o Pavlidis a fazer os contra-movimentos. Na direita entre Pavlidis, Prestianni e Di María, bem aberto, e na esquerda as trocas posicionais entre o Andreas e o Barreiro. Defensivamente, trabalho fantástico de todos eles. E depois, atrás, o Renato. Fez uma grande exibição e é um grande jogador. Estamos muito felizes com o desempenho que tem tido neste Mundial. Tem experiência, pode fazer várias posições. Saiu sem qualquer problema, sentiu um pequeno toque e ainda não sabemos se tem lesão ou não. Mas não deve ser nada do que o tem impossibilitado no passado...".
O Renato Sanches foi dos melhores jogadores do Benfica enquanto esteve em campo. Como está fisicamente? Na 'flash', disse que as pessoas deviam acreditar mais em si, no presidente, no diretor-desportivo e jogadores. Quem é que não dá o devido valor?
"O Renato fez um grande jogo. Parte da estratégia foi recordar o passado jogo com o Bayern em termos defensivos e, depois, ter o lado ofensivo do jogo, algo que não fizemos tão bem. Aproveito a sua pergunta para falar do jogo. Acho que fizemos uma 1.ª parte muito boa, em condições muito difíceis. Foi com muito mérito que marcámos o primeiro golo. Já marcámos vários golos desta forma, a sair pela esquerda, chegar à direita, envolver e chegar à área para marcar golo. É algo que fazemos muito bem. Depois, aproveitar os duelos individuais para fazer movimentos e contra-movimentos, como no caso do Pavlidis. Noutro momento da época, acredito que poderia ter feito esse golo. O Bayern faz quatro alterações para a 2.ª parte e nós fomos substituíndo, mantendo os olhos na baliza. Eles também têm oportunidade para empatar. E depois chegou o momento de fechar o jogo com três [centrais], os cruzamentos foram consecutivos. Fechámos o jogo com a entrada do Bajrami. Acho que é uma vitória justa, importante e histórica. Acho que ultrapassámos o número de golos que tínhamos feito em 2018/19.
Declarações na 'flash'? É só olhar para o que foram as últimas conferências. Ninguém acreditava que pudéssemos vencer. A conversa era de uma final contra o Boca, marcar o máximo de golos com o Auckland, e nunca se falou da possibilidade de vencer o Bayern. Sabemos da grandeza do Benfica. Tem de haver um equilíbrio na análise. Já tenho alguma experiência nisto, é a segunda vez que treino o Benfica. Vou abrir o coração: para alguns jogadores não é fácil. Se marcarem dois é porque têm de marcar três, se marcarem só um é porque não correu bem. E o que se passou no último jogo reflete muito bem o nosso espírito. Resolvemos as questões em família e partimos na plenitude para este jogo. Acho que hoje fomos uma equipa com a agressividade necessária para vencer. Mérito dos jogadores".
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