Longe vai o tempo em que Paulo Barbosa chegou ao Benfica. A relação com o clube da Luz começou quando servia de tradutor para os russos Yuran e Kulkov, os primeiros jogadores que começou a representar. Os anos passaram e, desde 1991/92, negociou dezenas de futebolistas com o Benfica. Hoje, Hugo Porfírio é o único num plantel monopolizado por José Veiga, agente predilecto de Luís Filipe Vieira.

O presidente da SAD e Paulo Barbosa estão de candeias às avessas. Tudo se agudizou esta semana, depois de o empresário ter acusado Luís Filipe Vieira de ter financiado a saída de Ovchinnikov do Benfica, na altura em que dirigia o Alverca. As acusações são reafirmadas (ver peça ao lado) por parte de um agente que, por exemplo, em 1998/99, tinha o guardião russo, Andrade, Paulo Madeira, Bruno Basto e Cadete a jogar de águia ao peito, sem contar com jovens como Sousa, Maniche, Veríssimo ou Ramirez, que evoluíam no Alverca. Ou os “mais recentes” Rui Baião, Pepa e Jorge Ribeiro, hoje no Varzim.

Marco Caneira, titular na época passada, acabou por não ficar na Luz. Segundo disse, porque o Benfica e o seu empresário, Paulo Barbosa, pura e simplesmente não negoceiam. Os tempos são outros.

30 atletas em seis épocas

Só desde 1997, Paulo Barbosa teve ligados ao Benfica qualquer coisa como trinta jogadores. Panduru, Bruno Basto, Cadete, Paulo Madeira, Dudic, Porfírio e Caneira foram apenas alguns.

Barbosa reafirma acusação

Paulo Barbosa reafirmou ontem, à TSF, que Luís Filipe Vieira financiou a saída de Ovchinnikov do Benfica para o Alverca.

“Parece-me que ele, na forma como comentou o assunto, admitiu o financiamento”, disse o empresário, garantindo depois que Rui Baião, Pepa e Jorge Ribeiro não têm que ressarcir o Benfica se forem jogar para o FC Porto ou Sporting nos próximos três anos: “O Varzim pode transferi-los para onde desejar.”

Ao invés, Vilarinho, na AG, afirmou que, nessa situação, os encarnados têm a receber 500 mil euros de cada um.