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Benfica

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20:15

26 setembro

Gil Vicente

Gil Vicente

Acelerar no vermelho

As águias entraram decididas a resolver o jogo cedo e aos 10 minutos a vitória estava no bolso. O problema é que o Estoril reagiu e chegou ao empate. A expulsão de Cabrera voltou a desequilibrar as co

Acelerar no vermelho
Acelerar no vermelho • Foto: miguel barreira

Se em Alvalade se assistiu a um grande jogo de futebol, a partida na Amoreira não ficou atrás. Cinco golos, emoção, jogadas de elevado recorte técnico e no fim ganhou o Benfica. Os encarnados voltaram a marcar três golos, mas, tal como frente ao Moreirense, foi preciso a equipa adversária ficar reduzida a dez elementos para que surgissem os três pontos. Feitas as contas, o Benfica aumentou distâncias para os principais rivais e segue invicto na liderança, embora o jogo de ontem constitua um aviso sério à navegação. É que é impensável uma equipa conseguir uma vantagem de dois golos nos primeiros 10 minutos, ter o jogo completamente sob controlo e depois “adormecer”, permitindo o ressuscitar do Estoril. Mas já lá vamos.

Consulte o direto do encontro.

Jesus manteve-se fiel aos seus princípios e recusou fazer poupanças, mexendo apenas na baliza com a entrada de Artur. Talisca recuperou dos problemas físicos e chamou o papel principal, numa entrada demolidora dos encarnados assente em princípios bem definidos: linhas muito subidas, pressão forte na primeira fase de construção do Estoril e transições rápidas aproveitando a mobilidade e as trocas posicionais dos homens mais adiantados. Aos 10 minutos o plano de Jesus traduzia-se em dois golos. No primeiro Talisca passou por meia defesa do Estoril – como é que ninguém foi capaz de fazer falta? – e finalizou na cara de Kieszek. Cinco minutos depois o ex-Bahia bisou, aproveitando um brilhante movimento coletivo de pressão que obrigou ao erro de Diogo Amado. Depois Gaitán mostrou espírito altruísta e Talisca só teve de empurrar.

Estávamos na madrugada do jogo e não se vislumbrava nada de bom para o Estoril, completamente preso na teia encarnada. Os três médios, Filipe Gonçalves, Diogo Amado e Cabrera não tinham bola e a capacidade construtora dos canarinhos era quase nula para desespero dos três homens mais adiantados. O Benfica dominava nas três vertentes do jogo, psicológica, tática e técnica e só não aumentou a vantagem porque Kieszek e o poste não deixaram.

Despertador

A inoperância do Estoril deixou o jogo adormecido. Afinal, parecia que o terceiro golo do Benfica seria uma questão de tempo. As facilidades trouxeram um relaxamento natural das águias; linhas mais recuadas, menos pressão ao portador da bola e sectores cada vez mais afastados. E aí emergiu um tal de Matías Cabrera que aos poucos começou a conseguir arquitetar o jogo do Estoril. A partir da meia hora percebia-se que o jogo estava a mudar. Os canarinhos começaram a chegar com perigo à baliza adversária e, após várias ameaças, Diogo Amado reduziu distâncias, numa jogada em que ficaram à vista as fragilidades defensivas das águias. Eliseu falhou em mais um duelo individual e Jardel denotou mais uma falha de posicionamento que já não é tolerável. O jogo estava em aberto.

Ao intervalo, Jesus lançou o alerta à equipa e o Benfica voltou a adotar os mesmos pressupostos iniciais, embora com menos intensidade. O problema é que a tentativa de controlo do jogo foi dizimada com o golo do empate canarinho, obtido num brilhante movimento coletivo. Kuca, Sebá e Kléber a concluir. Um prémio justo para o avançado que ganhou grande parte dos duelos a Jardel. Jesus percebeu que tinha de mudar. Talisca já só “caminhava” e deu o lugar a Derley. O Benfica ficou com mais presença na área, com maior mobilidade e dispôs-se a assumir o jogo. Quanto ao Estoril não teve outro remédio senão voltar ao 4x5x1 inicial, uma estratégia que ficou destruída com a expulsão de Cabrera. E aí o jogo mudou novamente. Jesus tirou Samaris, colocou Ola John na esquerda e Gaitán atrás dos dois avançados. Um minuto depois surgiu o terceiro golo por Lima e o Estoril não teve capacidade para mais. O Benfica geriu como se deve gerir, com posse e ainda podia ter chegado ao quarto.

Melhor em campo: Talisca

O brasileiro contratado ao Esporte Bahia no último defeso reforçou o estatuto de melhor marcador do Benfica, somando agora cinco remates certeiros, igualando o líder dos artilheiros Jackson Martínez. O camisola 30 lançou a águia para a vitória, começando com um lance individual: galgou metros antes de desferir o tiro fatal [ver infografia em cima], para 5 minutos depois bisar na partida.

Árbitro: Vasco Santos (nota 3)

O portuense Vasco Santos recorreu o menos possível ao apito, deixando jogar. Nos lances mais polémicos da partida, Kuca jogou a bola com a mão na jogada que está na origem do segundo golo do Estoril; na expulsão de Cabrera, fica o benefício da dúvida – Enzo força o choque, mas a entrada do uruguaio é fora de tempo.

NOTA TÉCNICA

José Couceiro (3)

É certo que a primeira meia hora do Estoril é para esquecer mas a equipa soube recompor-se e chegou mesmo ao empate. E mesmo depois da expulsão ainda arriscou na procura do terceiro golo, mas era tarde de mais.

Jorge Jesus (4)

O plano para o jogo parecia estar a sair na perfeição mas o adormecimento após o segundo golo quase colocou tudo em causa. No entanto soube mexer na equipa e a entrada de Derley acabou por ser decisiva.

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