O Benfica tem o calendário definido até ao fim da época: nove jogos para decidir o campeonato e a final da Taça da Liga. Mas na agenda da SAD continuam pendentes alguns temas estratégicos, com a situação contratual de Maxi Pereira à cabeça.

A três meses do fim da sua ligação ao Benfica, o internacional uruguaio não tem o futuro definido, embora a sua efetividade na equipa treinada por Jorge Jesus seja indiscutível: até ao final de 2013/14, Maxi tinha a média de 41,5 jogos disputados por época e 2,2 golos marcados.

"É um grande jogador, um líder, no campo e no balneário", considera Álvaro Magalhães, quatro vezes campeão nacional pelo Benfica. "Agora, quem decide é que conhece os prós e os contras. Neste caso, a parte financeira conta muito. Todos gostam muito do Maxi, sejam os treinadores, sejam os dirigentes, e se não ficar será pelas finanças."

Mas os seus 30 anos de idade - completa 31 a 8 de junho - poderão ser um factor decisivo nas negociações com a SAD. "Ele terá a última oportunidade de fazer um grande contrato. Está em boa forma, é titular indiscutível do Benfica e da seleção do Uruguai, quer fazer valer isso", sublinha Álvaro Magalhães. "O Maxi tem carisma, alma, é um jogador à Benfica. Vai ficar na história do clube."

Associada ao lateral do Benfica está a imagem de um jogador que muitas vezes passa as fronteiras da agressividade, embora a sua folha curricular só inclua dois cartões vermelhos em oito épocas, desde que chegou a Portugal.

"Ele não é violento. A agressividade do Maxi não é para magoar, não se pode confundir com a intenção de querer provocar lesões. A raça dele é fantástica", conclui Álvaro Magalhães.

OITO ÉPOCAS DE MAXI NO BENFICA

Legenda: J - jogos; G - golos; A - cartões amarelos; V - cartões vermelhos