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As finais são ou não para ganhar?

Mou chegou a elogiar a adaptação de Melgarejo a lateral-esquerdo...

As finais são ou não para ganhar?
As finais são ou não para ganhar? • Foto: Luís Manuel Neves

O episódio Talisca foi o último numa relação conflitual que teve os seus bons tempos, em que os elogios ou as declarações de simpatia pelo trabalho um do outro eram mútuas. José Mourinho vivia já os tempos dourados que o levaram a ganhar a Bola de Ouro FIFA e Jorge Jesus afirmava-se na condução do Benfica e na descoberta e adaptação de jogadores a novas posições. Mourinho chegou mesmo a elogiar a audácia de Jesus no recuo de Melgarejo para lateral-esquerdo, no início da época 2012/2013, depois do caso bem-sucedido de Fábio Coentrão.

O que mudou então para que da simpatia inicial se tivesse passado ao sarcasmo atual, na relação Jorge Jesus-José Mourinho? Aparentemente, foi uma das máximas mais populares do futebol, repetida pelo Special One dez anos depois em ocasião melindrosa, que caiu mal a JJ. Na sequência da derrota do Benfica na final da Liga Europa, frente ao Chelsea – o sétimo desaire benfiquista consecutivo numa decisão europeia –, Mourinho disse que “as finais não se jogam, ganham-se”.

O treinador do Benfica registou e levou um ano para responder. Acabou por fazê-lo com violência, afirmando ser falsa a convicção do atual técnico do Chelsea: afinal, as finais jogam-se, e para o fazer é preciso ter o mérito de lá chegar. “Uma das equipas tem de ganhar, é óbvio,” concluiu.

Pelo caminho, Jorge Jesus aproveitou uma entrevista de João Bartolomeu, antigo presidente da U. Leiria, para voltar a atingir Mourinho. Bartolomeu, que foi patrão dos dois, admitiu superioridade a Jesus na leitura imediata do jogo, no banco, e este foi ácido a aproveitar o elogio: “Não é preciso ele dizer, os jogadores que passaram por mim dizem-no.”

Nesta altura, pela evolução do discurso dos dois treinadores, qualquer episódio é bom para que haja um comentário mais jocoso. Impensável para quem os viu abraçados no Estádio da Luz, no final da Eusébio Cup, em 2012.

O silêncio de Manuel Sérgio

Manuel Sérgio não quer tomar partido entre dois homens que conhece bem. O filósofo e professor catedrático, de 81 anos, limita-se a responder de forma evasiva, quando instado a comentar a recente querela entre dois dos mais reputados treinadores do futebol português.

“Não vou fazer qualquer comentário relativamente a esse assunto. Sobre José Mourinho e Jorge Jesus, falo a sós e não em público”, diz Manuel Sérgio, dando claramente a entender que pretende desvalorizar a questão. Antigo professor do atual treinador do Chelsea na Faculdade de Motricidade Humana e espécie de conselheiro do técnico do Benfica nos últimos anos, nomeadamente desde que este ingressou na Luz, o nome de Manuel Sérgio e os seus ensinamentos são alvo, quase invariavelmente, de referências públicas dos técnicos agora desavindos. Assim sendo, o conhecido professor, que até já foi deputado pelo PSN nos anos 90, prefere remeter-se ao silêncio.

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