Dirigiu encarnados durante 6 meses, até pedir a demissão face ao fraco campeonato...
Paulo Autuori chega hoje a Lisboa integrado na comitiva do São Paulo, que amanhã disputa a Eusébio Cup com o Benfica. Atual responsável técnico dos tricolores, o brasileiro tem marcado um reencontro com a história, já que no clube da Luz passou pouco mais de seis meses da carreira, em 1996/97, até pedir a demissão devido ao fraco desempenho no campeonato.
Chegou a 11 de julho de 1996 proveniente do Botafogo, onde se havia sagrado campeão do Brasil. Estreou-se com o pé esquerdo, a 18 de agosto de 1996, perdendo por 1-0 nas Antas, frente ao FC Porto, na primeira mão da Supertaça. O mesmíssimo resultado que a 19 de janeiro de 1997, mas no D. Afonso Henriques e a contar para a 16.ª jornada da Liga, ditou a saída do Benfica. Totalizou 23 jogos oficiais ao leme dos encarnados, tendo vencido somente 60,8 por cento das partidas, um registo pobre para um clube que começava a sentir-se impotente para travar o poderio azul e branco. Quando abandonou o Benfica, a equipa ocupava a segunda posição no campeonato, a 11 pontos do líder FC Porto. Estava apurada para a quinta eliminatória da Taça de Portugal e para os quartos-de-final da Taça das Taças. A Supertaça, essa, fora perdida para o arquirrival da Invicta.
Goleado na Luz por 5-0
O momento mais humilhante para Paulo Autuori, enquanto treinador do Benfica, teve lugar a 18 de setembro de 1996, dia em que o FC Porto venceu na Luz por... uns impensáveis 5-0, naquela que constituiu a segunda mão da Supertaça. Artur, Edmilson, Jorge Costa, Wetl e Drulovic gelaram o anfiteatro das águias, deixando meio mundo de boca aberta. O treinador brasileiro deu o peito às balas, assumindo a culpa. “Foi um dia mau de mais. Jogámos bastante mal e quando isso acontece a responsabilidade é do treinador”, referiu Paulo Autuori, aproveitando para enaltecer o comportamento dos adeptos: “Compreenderam que tivemos uma noite muito má.”
O Benfica não era campeão desde 1993/94 e Manuel Damásio, então presidente das águias (Toni era o diretor-desportivo), estava apostado em inverter a tendência. Do plantel faziam parte, entre outros, Preud’homme, Amaral, Valdo e João Pinto. A caminhada de Paulo Autuori na prova de regularidade não foi a desejada, sendo interrompida no início de 1997. A 19 de janeiro, o Benfica sofreu em Guimarães a segunda derrota seguida no campeonato – o dragão ganhara a semana anterior na Luz –, ficando a 11 pontos do FCPorto. “O título é quase impossível, mas a vida continua”, vincou o treinador, enquanto o líder diretivo garantia manter total confiança nele.
Bateu com a porta
Paulo Autuori demitiu-se no dia seguinte, anunciando-o através de uma conferência de imprensa em que surgiu sozinho perante os jornalistas. “A diferença pontual para o FC Porto é gritante. Assumo a responsabilidade pelas falhas. Não posso continuar só por continuar, nem fazer do Benfica um bom emprego”, justificou o técnico, abandonando o cargo sem receber qualquer indemnização. A aposta seguinte seria Manuel José (Mário Wilson interino).
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