A vitória em Barcelos ficou à distância de um penálti. Já nos descontos, Cardozo bateu-o de forma denunciada, permitindo a defesa de Adriano. A decisão quanto ao marcador da grande penalidade foi tomada por Tacuara e Lima que não havia desperdiçado a primeira grande penalidade do jogo. Respeitou-se a hierarquia.

O episódio sucedeu no período de compensações da segunda parte. Bruno Paixão assinalou a infração na área, e Cardozo, que não atuava desde novembro, agarrou logo na bola e não mais a largou. Lima dirigiu-se à marca de onze metros e conferenciou um par de minutos com o paraguaio. Ficou, então, decidido que a responsabilidade de cobrar a falta era do camisola 7. A claque, essa, cantava a tradicional música de apoio ao Tacuara, mas o remate seria intercetado pelo guarda-redes do Gil Vicente.

Jorge Jesus explicou, minutos depois, o lance capital do jogo, dando a entender que a hierarquia fora respeitada. “Temos três jogadores eleitos para as grandes penalidades, o Cardozo, o Lima e o Rodrigo. O Lima já tinha feito o primeiro golo de penálti. Ora, o Cardozo já estava em jogo aquando do segundo penálti. Os dois jogadores falaram entre eles, pois têm autonomia para decidirem. Consideraram que naquela altura era melhor ser o Cardozo a bater o penálti. Foi pena não ter marcado, pois estávamos no último minuto, tínhamos apenas dez jogadores e a vitória era importante”, contou o treinador na conferência.

Sacudir o azar

O paraguaio regressou à competição 16 minutos após o previsto. Estava preparado para entrar aos 58 minutos, mas a expulsão de Siqueira fez Jorge Jesus vacilar. Muito aplaudido pelos adeptos, oavançado foi obrigado a vestir novamente o impermeável, rendendo Rodrigo só aos 74 minutos.

Cardozo foi um dos últimos a abandonar o Cidade de Barcelos, fazendo-se acompanhar por Maxi Pereira. O paraguaio acedeu a tirar um par de fotografias com adeptos do Benfica, disfarçando a natural frustração.