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20:30

25 outubro

Arouca

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Benfica: Sem espaço para a cartola, o «mágico» Sabry puxou da sorte

A CHUVA, o relvado escorregadio e o empenho físico algo para lá dos limites do razoável de todos os jogadores não facilitaram em nada a tarefa ao Benfica, a equipa que por mais tempo procurou a iniciativa. Mesmo assim, apesar das muitas interrupções, a penalizarem sobretudo os médios-ala, os maiores criadores de futebol da equipa (Sabry e Poborsky), os donos da casa fizeram um golo, num remate espontâneo mas algo fortuito do egípcio. É verdade que não o tinham justificado até aí. Mas, até final, assim que o FC Porto abriu e começou a deixar jogar, o Benfica ainda criou lances perigosos. E até resistiu ao habitual recuo táctico de Heynckes.

BOSSIO: Atenção nos cantos

Num jogo que nunca chegou a exigir muito dos guarda-redes, já que não havia grandes jogadas de perigo, o argentino até teve um começo activo, sempre atento aos traiçoeiros pontapés de canto de Deco e Clayton. Até final, ainda desviou um livre de Deco para canto (32') e rechaçou, sem poder segurá-lo, um tiro de longe de Clayton (81'). Sem chegar a tocar a bola, atrapalhou Jorge Costa no mais perigoso lance portista (90').

Momento - Aos 8 minutos, Clayton marcou um canto da direita e, quando a bola já ia a anichar-se no canto superior esquerdo das redes, Bossio saltou e desviou.

ROJAS: Seguro sem complicar

Vinha marcado do jogo da primeira volta, onde foi um sacrificado (e ineficaz) “tampão” a Deco. Ontem jogou como lateral-direito e esteve sempre em bom nível, nunca comprometendo no aspecto defensivo, até porque nunca se arriscou a grandes cavalgadas ao longo da linha lateral. Mesmo assim, no estilo de lançador, ainda isolou Sabry pela direita, num lance que o egípcio desaproveitou (50').

Momento - Já nos descontos, o FC Porto mandava tudo o que tinha para a área. Domingos rematou e, na linha, Rojas evitou o golo.

MACHAIRIDIS: UMA TORRE DOMINADORS

Mais uma vez adaptado a defesa-central, assinou uma exibição sóbria, segura e dominadora. É verdade que o FC Porto pouco atacou pelos flancos e que, na fase de maior assédio, quase se limitou a despejar bolas para a área pelo ar. Mas isso não vem desvalorizar a actuação inteligente do grego, sempre atento às dobras na linha dos 16 metros. E ainda lançou Sabry, marcando um livre de forma rápida (86').

Momento - Aos 85 minutos, Deco marcou um canto na direita. A bola desfez a curva habitual, mas Machairidis evitou, de cabeça, que ela tomasse o caminho da baliza.

PAULO MADEIRA: ACTUAÇÃO SEM PROBLEMAS

Desviado para a posição usualmente ocupada por Ronaldo, como defesa-central pela esquerda, não teve problemas de adaptação. E, apesar do momento difícil por que passa, tresandando a falta de confiança por todos os poros, não teve problemas a segurar o temível Jardel, que nem por uma vez rematou à baliza de Bossio. A prova é que, num jogo tão faltoso, só aos 21 minutos cometeu a primeira infracção.

Momento - Aos 35 minutos, Alessandro passou Bruno Basto e já se preparava para fazer o mesmo a Paulo Madeira que, por duas vezes, o desarmou.

BRUNO BASTO: EM NOITE DE CONCENTRAÇÃO

Tal como o colega do flanco direito, Bruno Basto arriscou pouco no ataque, o que nele é particularmente estranho. Mas o segredo para o sucesso do Benfica era tapar os flancos aos extremos do FC Porto e, nesse aspecto, com excepção de alguma passividade perante uma jogada de Alessandro (44'), não cometeu erros de monta. Na segunda parte, com a mudança de opositor, subiu de rendimento.

Momento - Aos 87 minutos, finalmente, libertou-se, correspondeu a uma solicitação de João Pinto e acertou no cruzamento para o primeiro poste. Quase deu golo.

CALADO: Um médio de combate

Chega-se ao fim do jogo e é quase impossível recordar um lance específico assinado por Calado. Mas à sua actuação empenhada se deve o apagamento de Deco, seu opositor directo na batalha de meio-campo. Jogador do tipo formiga, daqueles que lutam por cada bola como se fosse a sua última, chegou ao fim do desafio com saldo positivo entre faltas cometidas e sofridas.

Momento - Aos 32 minutos, de livre, Deco quase marcou. Por fim, teve algum espaço: Calado estava a 9,15 metros.

POBORSKY: Uma flecha em débito

Começou muito bem, deixando Paulinho em sentido com dois dribles seguidos (9'), e foi o benfiquista mais perigoso durante a primeira parte. Nessa altura, estendeu a sua importância às duas áreas: tentou o golo, num remate cruzado que saiu ao lado (40'), e, com um corte de cabeça, impediu que uma bola chegasse até Aloísio (21'). Depois viu os seus terrenos invadidos por Sabry e baixou de produção.

Momento - Aos 87 minutos, fez uma diagonal desde a direita ao poste mais distante, ao encontro de um cruzamento de B. Basto. Tocou atrasado e quase deu o golo a Kandaurov.

KANDAUROV: Criativo de mau feitio

Já se sabe que tem um futebol fácil, de cabeça levantada, bons pés e remate pronto. Por isso, não espantou que tenha partilhado com Sabry a predominância rematadora na equipa encarnada, com duas tentativas (aos 16' e 87'), ambas contra adversários. Deixou-se envolver demasiado nas quezílias, saindo do relvado como jogador mais faltoso do encontro. Viu o cartão amarelo aos 43', à quinta infracção cometida.

Momento - Aos 87 minutos, apareceu no coração da área do FC Porto, apenas com Hilário pela frente. Chutou contra a perna do guarda-redes e ainda viu a bola bater no poste.

JOÃO PINTO: Um jogo de tabelas

A jogar atrás do ponta-de-lança, João Pinto fez-se notar pela sua capacidade de tabelar com os colegas, oferecendo-lhes chances de rematar, e pelo muito jogo que foi buscar a meio campo, onde também se assumiu como operário de serviço às bolas divididas. Flagelado pelas faltas, só rematou uma vez, de cabeça, por cima, após um livre de Sabry (29'). Ironia: foi decisivo quando um chuto do egípcio nele tabelou e foi anichar-se na rede.

Momento - Aos 42 minutos, atrás da linha de meio campo, leu o jogo e cortou a bola de carrinho, lançando logo o contra-ataque. O espelho de uma exibição guerreira.

NUNO GOMES: Muito fora do jogo

Noite infeliz do ponta-de-lança benfiquista, a quem chegou pouco futebol. Além do mais, contribuiu com a “parte de leão” para os sete foras-de-jogo assinalados pelos árbitros auxiliares ao ataque da casa. Facilmente anulado, foi bem substituído, aos 84 minutos, por Chano, passando João Pinto e Sabry a ser os elementos mais adiantados na equipa de Heynckes.

Momento - Aos 38 minutos, recebeu de costas para a baliza e fez o passe para o interior da área, a solicitar a corrida de Kandaurov. Só que Nélson foi mais rápido e cortou.

CHANO: Para gerir a bola

Foi o primeiro suplente chamado por Heynckes, nada influenciado pelo erro do espanhol em Braga. Entrou com o Benfica a ganhar, para mostrar a sua capacidade de gerir a bola e de a esconder ao adversário, mas mostrou-se algo nervoso. Num contra-ataque (86'), ainda tentou rematar à baliza de Hilário, mas a bola passou ao lado.

Momento - Aos 85 minutos, na primeira vez que tocou a bola, não a tratou bem. Falhou o alívio à primeira e mandou para a bancada à segunda. Utilitário.

SÉRGIO NUNES: Ocupação de espaços

Jogou os últimos minutos em vez de João Pinto mas foi colocar-se como terceiro defesa-central para ajudar a ocupar o espaço na área, face à inflação de atacantes do FC Porto. Ainda foi um dos que fizeram número na melhor ocasião portista, engarrafando o trânsito na área de Bossio.

Momento - Aos 89 minutos, entrou para o lugar de João Pinto. O Benfica assumiu a necessidade de se defender e, desta vez, saiu recompensado.

ANTÓNIO TADEIA

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