Quebras de rendimento na última parte da época foram mais graves em 2010/2011 e 2011/2012 e impediram as águias de conquistar o campeonato...
Muito se fala sobre o facto de as equipas de Jorge Jesus chegarem normalmente muito desgastadas ao último terço dos campeonatos e não terem o mesmo rendimento na hora de decidir os títulos. As anteriores quatro épocas do técnico na Luz mostram que essa tendência nem sempre se verifica, mas confirmam a ideia de que um último terço de qualidade é fundamental para a conquista de títulos.
Luís Filipe Vieira disse no início da temporada que este era “o melhor plantel do Benfica dos últimos 30 anos” e Jorge Jesus tem-se feito valer da variedade de escolhas, ao rodar vários elementos no onze titular a cada encontro sem que a equipa perca rendimento e intensidade, mesmo diante de equipas com muita qualidade.
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Os adeptos dos encarnados continuam, no entanto, a lembrar-se dos traumas das duas últimas épocas, em que o Benfica desperdiçou lideranças confortáveis no último terço da Liga, quando título parecia quase no bolso.
2013 fatídico
As temporadas de 2010/2011 e 2011/2012 foram aquelas em que a derrocada do último terço do campeonato se fez sentir com maior intensidade, não só no campeonato, como nas restantes competições pelas quais o Benfica lutou nas respetivas épocas.
Em 2010/2011 e depois de um início muito negativo (4 derrotas nos primeiros 5 jogos), o Benfica conseguiu recompor-se (ganhou 18 encontros seguidos entre dezembro e março), mas acabou por comprometer toda a recuperação na ponta final, com 3 derrotas e 3 empates nos últimos 10 jogos do campeonato. Pelo meio, uma humilhante eliminação nas meias-finais da Liga Europa, com o Sp. Braga, e outra nas meias-finais da Taça de Portugal frente ao FC Porto. Só se salvou a conquista da Taça da Liga.
Na época seguinte o cenário não foi muito distinto. O Benfica entrou no último terço na frente da Liga e somou mais derrotas nos últimos 10 jogos (2) do que nas primeiras 20 jornadas (1). O tetra na Taça da Liga acabou por voltar a ser a única alegria dos adeptos encarnados, que ainda viram a equipa perder nos quartos-de-final da Champions com o Chelsea, numa eliminatória que esteve claramente ao alcance da formação de Jorge Jesus.
Na última temporada, o problema de Jorge Jesus não foi o último terço, mas as últimas duas semanas. O Benfica embalou para a conquista do título com sete triunfos seguidos entre a 21.ª e a 27.ª jornada, mas esbarrou primeiro no Estoril e depois no FC Porto, antes de perder as finais da Liga Europa e da Taça de Portugal, colocando em causa uma época que estava a ser de grande qualidade.
Melhor ponta final valeu… título
Se a estatística mostra que o problema de Jesus nem sempre é somente a perda de rendimento no último terço do campeonato, também revela que no ano em que os encarnados tiveram melhor desempenho na ponta final do campeonato acabaram por fechar o ano a sorrir.
Em 2009/2010, primeira época do técnico na Luz, Jesus fez uma ponta final ao nível do restante campeonato. Nove vitórias e apenas uma derrota (no Dragão, diante do FC Porto) tiveram com consequência… a conquista do título nacional. A quebra de rendimento fez-se sentir sim, mas apenas na Liga Europa, com o Benfica a pagar a rotatividade implementada por Jesus (que priorizou a Liga) e a ser eliminado nos quartos-de-final pelo Liverpool.
O ÚLTIMO TERÇO DE JESUS NA LIGA
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