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01 novembro

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«Bruno Paixão vive num quarto de 8 metros quadrados, em casa dos pais, num bairro complicado do Barreiro»

Advogado Luís Miguel Henrique diz que ex-árbitro lhe ligou a garantir a sua inocência

• Foto: Simão Freitas

“Nunca fui corrompido. Estou falido. Levem o meu computador para o analisarem”. Quem o afirma é Bruno Paixão na entrevista que o “Expresso” publica hoje e em que o ex-árbitro – acusado de ter recebido milhares de euros do Benfica através de uma empresa de José Bernardes, arguido no processo “Saco Azul” – diz que se “limitou a cumprir um contrato” e tem “vontade de levantar o histórico bancário, entregá-lo à PJ e ser ouvido”.

Entretanto, o advogado Luís Miguel Henrique, colunista do nosso jornal, tem a convição que o ex-árbitro Bruno Paixão está inocente. “Após ler o meu último artigo de opinião no Record, ligou-me a garantir a sua inocência. Ao início não acreditei, pensei que estava a ser usado e quis confirmar. Propus um encontro para falarmos e ver documentos que provassem o que dizia”, afirmou o advogado à TVI.

“Fui à casa onde Bruno Paixão mora. Vive num quarto de oito metros quadrados, em casa dos pais, num bairro complicado do Barreiro”, revelou Luís Miguel Henrique, acrescentando: “Tenho 30 anos de carreira, comecei na área do crime económico, sei como as coisas se fazem e estou convencido que Bruno Paixão está inocente pois uma pessoa culpada não tem esta postura.”

O advogado garantiu ter visto documentos claros. “Recebeu oito mil euros por nove meses de trabalho de consultadoria, das 8 às 17 horas, com contrato de trabalho e recibos. É licenciado em engenharia industrial pela Universidade Nova e trabalhou no grupo Autoeuropa antes de ser árbitro. Bate tudo certo”, frisou. O ex-árbitro deixou o Casa Pia, onde era consultor. “Apesar de estar necessitado não quis prejudicar ninguém e deu este sinal de ser uma pessoa digna”, afirmou.


CD da FPF avança com processo

O CD da FPF abriu um processo de inquérito na sequência dos novos dados da operação ‘Saco Azul’, em que se suspeita de um esquema de corrupção que envolve o Benfica e Bruno Paixão. Uma hipótese que Record já tinha adiantado na quarta-feira. O CD não precisa que seja feita uma queixa. Face às informações vindas a público, e como já sucedeu no passado, atua sempre que há indícios de corrupção ou que a verdade desportiva tenha sido adulterada, encaminhando o processo para a Comissão de Instrutores da Liga.

Por Nuno Miguel Ferreira
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