Paulo Gonçalves: «Não corrompi ninguém»
"Aquilo que me penitencio é que devia ter travado, feito stop [a José Augusto Silva]. Com formação jurídica [que tenho], devia ter pensado e não me colocar em risco. Tudo isto foi um disparate e uma estupidez. Não houve informação rigorosamente nenhuma privilegiada. Aproveitei-me da disponibilidade de um amigo. O que poderia saber com isto era estupidez: do Hugo Gil, Nuno Saraiva, etc.", afirmou Paulo Gonçalves, durante a intervenção final.
"Em algumas situações são eticamente reprováveis. Se um cão hoje ladra às 7h penso que é a PJ a entrar-me em casa. Vejo filmes policiais e lembro-me da pior noite da minha vida, quando estive detido. Não corrompi ninguém, não corrompo amigos. Outra coisa que não passa despercebida em tribunal são as circunstâncias. O Benfica viu os e-mails devassados, seja o meu vencimento, seja o empréstimo bancário… O meu filho esteve entre a vida e a morte. Eu perdi o discernimento. Não é justificável mas ajuda a explicar em parte o que se passou", acrescentou o antigo assessor jurídico da SAD do Benfica.

