O Benfica perdeu a Eusébio Cup para o São Paulo (0-2), depois de uma partida em que foram evidentes as dificuldades da equipa de Jorge Jesus no capítulo da finalização. E o desacerto ofensivo acabou por ser um pretexto para os adeptos chamarem por Cardozo.

O avançado paraguaio está afastado do plantel encarnado e deve mesmo deixar a Luz, depois do episódio com o treinador na final da Taça de Portugal do ano passado. No entanto, os números de Tacuara mostram que ele é mesmo a melhor solução para terminar com os problemas atacantes.

Das 261 partidas realizadas em seis temporadas, Cardozo teve contribuição direta para o triunfo em 29 delas, o que representa praticamente um campeonato inteiro. Em média, o número 7 encarnado resolve cinco partidas por época, fora o contributo essencial para jogos que terminaram empatados e que também valeram pontos.

Cardozo é também preponderante na eficácia da equipa, uma vez que durante seis temporadas nunca marcou menos de 20 por cento do total de golos do Benfica, ultrapassando mesmo os 30 por cento em 2007/08 - ano de estreia - e 2009/10 - ano do último título encarnado.

Nulo

A derrota com o São Paulo representou também para o Benfica o primeiro jogo da pré-época sem marcar. Nas últimas seis épocas, com Cardozo em campo, o Benfica terminou apenas 35 partidas de 261 em branco, o que corresponde a apenas 13 por cento dos jogos.

Contudo se reduzirmos a análise às quatro épocas com Jesus, é possível verificar que a eficácia encarnada era ainda maior. Em 181 encontros, apenas por 15 vezes com Tacuara em campo as águias ficaram em branco, ou seja, em apenas 8 por cento

Fosse de penálti, a bisar ou com hat-trick, para a Liga, Taça ou nas competições europeias, o goleador sul-americano, que é o melhor marcador estrangeiro da história do clube, tornou-se numa referência atacante para as águias nos últimos anos, antes de, neste defeso, ter deixado de ser a solução para se tornar num “caso” para a direção resolver.