António Carraça: "O jogador em causa é um homem adulto, e responde pelos seus atos e atitudes. Ato que não poderia nunca ter sido protagonizado numa instituição como o Benfica por um seu atleta"...
R – Pagou por aquilo que se passou no Jamor na final da Taça?
AC – Não, mas aconteceram dois factos graves na final da Taça de Portugal. A derrota da nossa equipa, que não poderia nunca acontecer. Nunca poderíamos perder, sem desrespeitar o Vitória, claro, com uma jovem equipa com cinco jogadores da equipa B e quatro meses de salários em atraso. Como não sou jogador ou treinador, a minha responsabilidade no resultado do jogo é tão-somente solidária com a equipa. Eu e a minha estrutura criámos todas as condições para que os jogadores e a equipa técnica tudo tivessem para fazer o seu trabalho.
Relacionadas
R – E o Cardozo?
AC – O comportamento incorreto de Cardozo para com o seu técnico, eu também não o poderia evitar. Era impossível, pois nesse momento estava junto dos responsáveis da FPF, a tentar apressar as obrigações para a comunicação social e a entrega das medalhas. Por isso não estava perto. Além disso, o jogador em causa é um homem adulto, e responde pelos seus atos e atitudes. Ato que não poderia nunca ter sido protagonizado numa instituição como o Benfica por um seu atleta.
R – Mas aconteceu…
AC – Sim, e para resolver esses atos existem o Regulamento Interno e o Contrato Coletivo de Trabalho. O resto das insinuações, da minha pseudorresponsabilidade, de situações acontecidas no Jamor, do não cumprimento ao senhor Presidente da República – que deveria estar acompanhado pelo presidente do Benfica para este fazer as devidas apresentações jogador a jogador – e de não presenciarmos a entrega das medalhas aos vencedores aparecem a pedido de “amigos” que não gostam do meu estilo de gestão e porque alguns pseudocomentadores de televisões e de jornais, que nunca deram nada ao futebol e que vivem desta forma paralela graças a ele, não tiveram coragem nem capacidade de dizer a verdade e explicar por que perdeu o Benfica onde deveria ter ganho!
R – Já agora: porque não assistiram à entrega da Taça ao V. Guimarães?
AC – Já tinham passado cerca de 25 minutos do fim do jogo – e o meu dever é proteger os meus jogadores – e, por outro lado, onde estavam os vencedores aquando da entrega das medalhas aos vencidos?
R – A agressão de Luisão ao árbitro na Alemanha: acha que lidou bem com o assunto?
AC – Não houve agressão. Houve sim um contacto um pouco despropositado, que não deveria ter acontecido e que foi inflacionado por um pseudoárbitro, incompetente e comediante. Geri a situação, no sentido de sensibilizar o árbitro e os responsáveis alemães a continuarem o jogo, com pedido de desculpas do jogador e a sua substituição por outro jogador.
R – Fez tudo o que deveria ter feito?
AC – Fui sempre impedido de contactar com o árbitro pelos responsáveis do Fortuna. Durante cerca de 20 a 25 minutos, de forma infrutífera, tentei por todos os meios falar com o árbitro, sem me abrirem a porta. Não tenho dúvidas que só a influência e o poderio institucional da Federação alemã proporcionou o desfecho deste incidente. Basta ver os incidentes que acontecem todas as semanas por esse futebol mundial e comparar as sanções.
R – Na memória ficou a imagem de Carraça e Jesus a rirem-se da situação. Não acha que foi altamente desajustado ao que se estava a passar?
AC – Isso não é verdade. Não houve qualquer imagem do diretor do futebol a sorrir perante esses acontecimentos. Até porque entrei no relvado, e com o árbitro e dirigentes alemães recolhi logo ao túnel. Além disso, a situação não era para rir.
Imagens mostram indíviduo a usar aplicação e cartão físico
Sessão de trabalho das águias tendo em vista o jogo com o Chelsea aberta na íntegra
Treinador do Benfica regressa a uma casa que bem conhece. Encontro da Champions está marcado para terça-feira (20 horas)
Após reunião magna do último sábado que ficou marcada pela polémica
Mjällby surpreende a concorrência e lidera com 11 pontos de vantagem
Antigo jogador reconhece que está "preocupado" com os desempenhos do Manchester United
Fala pela primeira fez, sem tabus, do ano de 2001, quando foi afastado das Antas, para dar lugar ao treinador de Setúbal
Derrota do Manchetser United volta a levantar dúvidas em torno do treinador português