Desastre europeu terá repercussão no ânimo dos jogadores e nas contas da SAD...
Porventura traumatizado pela segunda derrota consecutiva na final da Liga Europa, quando em maio viu o Sevilha fazer a festa após o desempate por grandes penalidades, o Benfica 2014/15 entrou com o pé esquerdo na Champions e nunca mais se recompôs, ao ponto de já estar afastado das provas europeias, o que não acontecia desde 2008/09.
A derrota caseira (0-2) com o Zenit, a 16 de setembro, foi o princípio do descalabro europeu de Jorge Jesus, que nunca havia ficado fora das competições da UEFA em dezembro. O técnico do Benfica só por uma vez passou a fase de grupos da Champions (em 2011/12), mas nas outras três ocasiões acedeu sempre à Liga Europa. Desta vez, porém, o Benfica despediu-se da Europa logo em novembro, pois o jogo com o Bayer Leverkusen (a 9 de dezembro) terá como único aliciante o milhão de euros pelo prémio de vitória.
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Contas
O acumular de erros individuais e más opções técnicas explicam o desastre encarnado que terá repercussões, sobretudo, no ânimo dos jogadores, que só irão batalhar pelas provas internas em 2015, e no equilíbrio financeiro da SAD. Depois de uma clara derrota com o Zenit na 1.ª jornada do Grupo C, o emblema da Luz só viria a reencontrar-se na 4.ª ronda, quando recebeu e bateu o Monaco, com um golo de Talisca caído do céu nos instantes finais. Nos duelos anteriores, a má abordagem ao jogo em Leverkusen precipitou uma derrota que ficou escrita ao intervalo; enquanto a expulsão de Lisandro deixou a equipa reduzida a dez no Monaco quando esta apertava o conjunto monegasco.
O segundo jogo com o Zenit de Villas-Boas era a última oportunidade de o Benfica se manter à tona de água, mas outra aposta falhada de Jesus – trocou Talisca por Derley, aos 70’ – deixou o meio-campo e o controlo da partida ao Zenit, que pouco depois fez o golo que atirou os encarnados para fora da Champions. O ano europeu para esquecer confirmou-se com o adeus também à Liga Europa, pois o Monaco de Jardim foi vencer (1-0) a Leverkusen. E o Benfica juntou-se ao Galatasaray como os primeiros da Liga dos Campeões a despedirem-se da Europa.
Técnico a guardar substituições
O último jogo em São Petersburgo revelou uma tendência que se está a tornar vulgar em Jorge Jesus esta época. Por falta de alternativas credíveis no banco, ou simplesmente opção técnica, o treinador do Benfica não tem esgotado as substituições à sua disposição, sobretudo em jogos que não consegue ganhar. Frente ao Zenit não fez as três substituições permitidas (só avançaram Derley e Ola John), depois de no campeonato ter até guardado duas nos jogos em que perdeu pontos. No empate (1-1) com o Sporting trocou Talisca por Derley, aos 86’; na derrota (2-1) em Braga só lançou Jonas (saiu Samaris), aos 62’.
TOP NEGATIVO NA UEFA
Pior ataque
O Benfica é das equipas menos concretizadoras: dois golos (Salvio em Leverkusen e Talisca, na Luz, ante o Monaco), tantos como o Malmö e o BATE Borisov. Pior só o Apoel, com um golo. A águia, aliás, exibe dos mais fracos registos em remates à baliza: 14 (pior só o Ajax, 12; Monaco, 11; e Apoel, 6). FC Porto e Sporting já levam 35 remates enquadrados.
Disciplina
A única tabela europeia em que os encarnados ocupam o 1.º lugar é a dos cartões vermelhos. Já foram três: Artur (no Benfica-Zenit), Lisandro López (no Monaco-Benfica) e Luisão (no Zenit-Benfica). Segue-se o Man. City com dois vermelhos. Nos amarelos, as águias já somam 15, contra 16 do Ajax.
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