Gestor vê "estagnação disfarçada" e falta de "reformas estruturais visíveis"
Mauro Xavier voltou hoje a defender a antecipação das eleições do Benfica, como já tinha feito há um ano, igualmente em assembleia geral de votação do orçamento. O gestor deixou muitas críticas à Direção liderada por Rui Costa, para sustentar que o clube não deve esperar por outubro para eleger os próximos órgãos sociais, e sugeriu a criação de um orçamento participativo e o reforço do "modelo de patrocínios das modalidades e da formação".
"O pedido de eleições antecipadas que fiz nesta casa, há um ano, é hoje mais atual do que nunca", sublinhou o gestor, que se perfila como candidato à presidência do clube da Luz, anunciando o "voto contra" o orçamento para 2025/26. "Porque o Benfica não pode resignar-se à mediania", justificou.
"Hoje, muito poderia ser dito sobre o momento do Benfica. Sobre a época que passou, os erros cometidos, o sentimento dos sócios, o que correu bem e o que correu mal. Mas, por respeito à ordem de trabalhos, vou concentrar-me num único ponto: o orçamento. E deixo claro desde já que voto contra. Voto contra por responsabilidade. Porque isto é um orçamento de gestão. Não é um orçamento de futuro. Não é um orçamento de ambição. Não é um orçamento que ponha o Benfica primeiro", atirou.
No entender de Mauro Xavier, "os planos apresentados parecem tirados a papel químico". "Ano após ano, os mesmos termos. Os mesmos chavões. Este orçamento traduz um Benfica cansado. Um Benfica que gere, mas não lidera. Este orçamento volta a repetir um padrão que já se tornou demasiado familiar: receitas que apenas crescem ligeiramente acima da inflação, um crescimento insuficiente para um clube que se quer líder, inovador, dominante. E, do lado das despesas, o cenário não é melhor: uma estagnação disfarçada, mas sem reformas estruturais visíveis. Adiam-se investimentos estruturais. O Benfica tem que estar primeiro."
Cidade das modalidades no papel
Depois, Mauro Xavier lembrou uma bandeira de Rui Costa. "A nossa prometida cidade das modalidades continua no papel - sem estratégia, sem calendário, sem orçamento. Ignoram-se os alertas dos sócios. E voltamos a insistir nos mesmos erros - como a ausência, mais uma vez, da discriminação dos custos por modalidade.
O tom crítico continuou. "Mas pior do que um orçamento cansado, é quando se tomam más opções, sem colocar o Benfica primeiro. Como a obsessão com o retalho físico. O caminho devia ser outro: criar produto com valor e distribuí-lo com escala, através de parcerias com redes de retalho nacionais. O futuro não é abrir mais lojas. O futuro é digital. É global. O Benfica não pode andar atrás de modelos ultrapassados, o Benfica tem de estar primeiro!"
Mauro Xavier deixou duas propostas. A primeira aponta à "criação de um orçamento participativo", que passa por "atribuir 20 por cento do resultado positivo do ano anterior a projetos propostos e votados pelas Casas do Benfica e pelos próprios sócios". E completou: "Queremos os sócios mais envolvidos? Então confiemos neles. Dêmos-lhes voz."
A segunda proposta visa "reforçar o modelo de patrocínios das modalidades e da formação com a angariação de um patrocinador principal único, nacional ou internacional". "É preciso pensar grande. É preciso apresentar uma proposta integrada, ambiciosa e internacional. É preciso pôr o Benfica primeiro. O orçamento devia ser o motor de um novo ano. Mas é apenas mais um exercício de manutenção. Sem rasgo. Sem visão. Sem força para liderar o Benfica para o futuro. O Benfica merece um caminho claro, com estratégia executada, com ambição no presente, e com visão para o futuro."
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