Os encarnados bateram o pentacampeão Real Madrid na Holanda...
Foi a 2 de maio de 1962 que o Sport Lisboa e Benfica obteve o êxito mais extraordinário da sua história e, ainda hoje, um dos mais eloquentes de sempre do desporto português. Uma equipa composta por alguns talentos exuberantes do futebol mundial e completada por outros de enorme qualidade e sentido de representação; liderada por um treinador experiente e guiada por um impulso coletivo herdado da época anterior, conseguiu a proeza de conquistar, em duas épocas consecutivas, o título futebolístico mais importante do Velho Continente.
Em Amesterdão, frente ao Real Madrid, a potência então em vigor, o Benfica assumiu a passagem de testemunho, consolidando se como grande equipa europeia da década de 60 e ganhou por 5-3.
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A final de 2 de maio encerra ainda a particularidade de ser a primeira grande aparição de Eusébio, um menino com 20 anos,e a última de Alfredo di Stéfano, a três meses de completar 36.
Di Stéfano e Puskas.
A expressiva vitória encarnada teve eco em todos os cantos do planeta. O Mundo rendeu-se à classe do bicampeão europeu, ao génio das suas figuras maiores, à excelência do seu futebol de ataque e também ao sortilégio de ser representante de um país periférico como era (e ainda é) Portugal.
Na final, o Real Madrid vendeu caro a derrota, muito por culpa de dois veteranos que, 50 anos depois, permanecem como duas das maiores e mais brilhantes estrelas de todos os tempos: Di Stéfano, que encheu o campo, e Ferenc Puskas, que apontou os três golos da equipa. Mas o Benfica tinha, em1962, mais e melhores armas do que revelara, um ano antes, com o Barcelona.
Eusébio e Simões. Em relação à primeira conquista, Bela Guttmann tinha agora uma equipa mais forte, desde logo pela inclusão de dois génios como foram Eusébio e Simões.
Mas não foi só: a entrada do jovem extremo-esquerdo implicou o recuo de Cavém para o miolo, fazendo dupla com Coluna. Cavém era um jogador de grandes recursos técnicos, com rara inteligência e uma ampla visão do jogo.Aequipa fortaleceu-se com a sua inclusão nocentro nevrálgico do terreno, em detrimento de Neto, um jogador generoso, de combate mas com menos soluções em termos de construção.
Costa Pereira. Em Amesterdão,o Real Madrid, que vencera as cinco primeiras edições da Taça dos Campeões(entre 1956 e 1960), procuravarecuperar a coroa que o Benfica lhe roubara um ano antes. Os encarnados, que fizeram uma campanha segura, só na meia-final, com o Tottenham, passaram por algumas dificuldades. Depois de ganhar, na Luz, por 3-1, a águia teve de sofrer para sair ilesa de White Hart Lane.
José Águas marcou cedo (15’) mas os ingleses empataram ainda na primeira parte (34’) e deram a volta aos 48 minutos. Até final, em terreno muito pesado, assistiu-se a pressão forte dos ingleses e a uma grande exibição de Costa Pereira, o guarda-redes encarnado que salvou a equipa do prolongamento e talvez mesmo da eliminação.
Águas e Coluna .Na final foi preciso ter talento e sangue-frio para encaixar o soco da entrada do RealMadrid (Puskas fez dois golos em 22 minutos); dar a volta aos acontecimentos (José Águas reduziu aos 25’ e Cavém empatou aos 34’); gerir novo revés(Puskas repôs vantagem madridista
OS CAMPEÕES.
O treinador Bella Guttmann com a Taça dos Campeões, entre Eusébio e Coluna; ao lado, o onze que alinhou frente ao Real Madrid: Ângelo, Cruz,Mário João,Cavém, Germano e Costa Pereira; José Augusto,Eusébio, José Águas, Coluna e Simões.
Otamendi ligado ao empate (1-1) das águias sofrido na reta final
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