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14 dezembro

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Fernando Tavares diz que Benfica District terá "retorno incerto": «Nenhuma obra desta dimensão custa menos de 400 M€»

Antigo vice-presidente das águias fala mesmo num projeto de "risco elevado"

Rui Costa garante que projeto do Benfica District é para avançar
Rui Costa garante que projeto do Benfica District é para avançar • Foto: Direitos Reservados

Fernando Tavares considera que a construção do Benfica District é um "risco". Numa publicação feita no LinkedIn, o antigo vice-presidente das águias refere que o projeto apresentado por Rui Costa teria "retorno incerto" e garante que este nunca custaria "menos do que 400 milhões de euros".

Leia a publicação de Fernando Tavares na íntegra:

"O Benfica District não contempla de uma forma fundamentada a racionalidade estratégica, económica e operacional, a coerência urbanística e funcional, a relação entre os custos potenciais e os benefícios esperados, o enquadramento face ao projeto anterior de 2019, que não obteve acolhimento por ser considerado inviável e por criar uma enorme incerteza sobre a coexistência de múltiplos usos intensivos junto ao estádio, a comparação com outras alternativas e com modelos internacionais de referência e por fim não contempla os riscos estratégicos, financeiros e operacionais para o Benfica. Na verdade o District é um protótipo do primeiro projeto que visou repensar a zona envolvente do estádio. Resurge com uma escala superior e com maior complexidade.

O District, constitui uma solução racional, sustentável e vantajosa para o futuro do Benfica? Não. O Benfica necessita de modernizar as suas infraestruturas de forma a dar resposta às suas necessidades e às novas tendências do mercado de entretenimento, à semelhança do que têm feito os grandes clubes europeus? Sim.

O estádio é o principal ativo gerador de receitas. Este facto prova que a modernização do estádio, com foco na hospitalidade premium (5% de lugares representam 40% da receita) e no aumento da sua capacidade (resolver a espera dos Red Pass), é o vetor de crescimento com maior retorno financeiro garantido. O estádio também já funciona como infraestrutura de eventos. Isto demonstra capacidade real de crescimento dentro da infraestrutura existente, sem necessidade de múltiplos edifícios paralelos.

Acresce que nenhuma obra desta dimensão custa menos que 400 milhões.

Os dados disponíveis demonstram que o estádio é o único ativo lucrativo, com procura e histórico comprovados. O District introduz riscos elevados e retorno incerto. Verificamos uma transformação na forma como os grandes clubes europeus encaram os estádios. A tendência global é inequívoca. Estádios modernos, com coberturas e relvados retráteis, são plataformas de receita 365 dias/ano. O foco é sempre o estádio. Nunca distritos comerciais independentes. A tendência europeia é clara. Nenhuma destas operações inclui arenas paralelas, hotéis, escritórios, residências ou galerias comerciais. O Benfica não tem vocação imobiliária e a zona não é destino primário de parques de escritórios ou de turismo. A única tendência global está no estádio, não no distrito. 100% dos clubes europeus reforçam o estádio. Não criam distritos comerciais paralelos, ainda por cima concorrendo com o maior centro comercial europeu. O caminho racional e alinhado com os benchmarks internacionais é a modernização profunda do estádio, não a construção de um district. Ou, em alternativa, a construção de um novo estádio, integrado numa Cidade Desportiva Benfica, se a visão e a estratégia para um Benfica do século XXI, e os económicos comprovarem ser a melhor solução. O Benfica que se apresse porque os potenciais terrenos no eixo da segunda circular escasseiam".

Por André Santos
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