Um acordo de parceria entre o "Flu" e uma multinacional, aliado à pressão dos adeptos antes do jogo com o Flamengo, alteraram o cenário da transferência. Mas, sexta-feira, os dois emissários do Benfica vão reunir-se com os dirigentes brasileiros e tudo é ainda possível
Rio de Janeiro - Roger está mais longe do Benfica mas a porta para a concretização do negócio ainda está entreaberta. Quinta-feira, dia em que José Santos, vice-presidente do Benfica, e o empresário Jorge Mendes chegaram ao Rio de Janeiro, os dirigentes do Fluminense anunciaram em conferência de Imprensa a continuidade do médio brasileiro no clube. Mas sexta-feira as duas partes vão sentar-se à mesa e discutir a transferência.
A pressão dos adeptos - aproxima-se um clássico Fla-Flu - e a parceria financeira com a empresa Newcomm Bates precipitaram os acontecimentos e complicaram a vida ao Benfica. A empresa compromete-se a pagar a dívida de 45 milhões de dólares (cerca de 10 milhões de contos) do Fluminense mas exige que Roger fique.
"Há três semanas, dois representantes de Manuel Vilarinho vieram cá e conversaram cerca de cinco minutos comigo. Mas não houve negócio, houve uma intenção do Benfica. Nunca falei com o presidente benfiquista nem nunca assinei nenhum documento. O Roger tem contrato com o Fluminense e nós não o queremos vender", disse David Fischel, líder do clube tricolor à Imprensa.
Questionado por "Record" sobre o pré-acordo divulgado por Manuel Vilarinho, o supervisor do futebol do clube, Paulo Angioni, confirmou a existência do documento mas desvalorizou-o. "É um papel, não passa de uma intenção de compra", disse o dirigente, indignado pelo facto de o presidente eleito dos encarnados ter mostrado o documento à Imprensa portuguesa. "Quebra de confidencialidade", acusou. Do papel consta a existência de um acordo por seis milhões de dólares, mais 15 por cento para o jogador, impostos e comissões, perfazendo um valor na ordem dos oito milhões de dólares. Segundo o pré-acordo, o Benfica deveria entrar em contacto com o clube brasileiro até 5 de Novembro (domingo) e não há qualquer indemnização prevista entre ambas as partes.
ROGER DIVIDIDO
O jogador reuniu-se com David Fischel antes da conferência de Imprensa. Saiu pouco satisfeito porque pretende concretizar o "sonho Europa" e porque, da sua parte, já está tudo acertado com o Benfica. Mas, depois de instruído pelos seus representantes, o seu discurso público foi em sentido contrário.
"Estou tranquilo, sempre pensei em ficar até final do campeonato", disse. E concluiu: "Ainda bem que depois de uma semana difícil houve um final feliz. A Europa passa a ser um sonho adiado. Uma mensagem para os 'torcedores' do Benfica? Não tenho que falar mais do Benfica."
CÉSAR DE OLIVEIRA, enviado especial, com ANTÓNIO CARLOS, correspondente no Brasil
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