A responsabilidade começou na entrada em campo: as bancadas vermelhas anunciavam a importância de um nome, a força de um clube e as exigências estéticas de quem se habituou a não ficar satisfeito com pouco. Perante o cenário, o Benfica entrou em Vila do Conde pressionado pelas circunstâncias de ser quase obrigado a dar uma última satisfação à família em 2002/03; empurrado não por um título já entregue ou de uma luta pelo segundo lugar que já estava ganha, mas em nome de uma época em que salvou parte da sua integridade enquanto equipa e ao longo da qual lançou, pela primeira vez em muitos anos, as bases do que pode vir a ser uma equipa competitiva.
De resto, a maior diferença entre Benfica e Gil Vicente residiu precisamente na valorização do futuro. Os encarnados, que procuram aproveitar e dar seguimento ao que já têm; os gilistas no fim de um ciclo inesperadamente bem sucedido. Parte do desequilíbrio entre as duas equipas foi ditada pela qualidade individual e pela motivação distinta. O Benfica foi capaz de confirmar que tem ainda algo a jogar na transição, enquanto o Gil, apesar do jogo interessante, não conseguiu activar a motivação que potencia a qualidade e cria as condições para muitas surpresas.
Sendo verdade que os minhotos, mal foi tornada pública a saída de Vítor Oliveira, deixaram morrer a ilusão e desinteressaram-se pela História, mesmo quando tinham o quarto lugar à mercê, ontem recuperaram algum fôlego e foram em busca de alguns dos atributos expressos ao longo de uma época absolutamente espectacular. Recuperaram a motivação, mas não reencontraram a confiança. O Benfica fez um jogo marcado pelo profissionalismo, lutando contra os perigos da inércia e das contas feitas; a equipa soube interpretar as exigências, respeitou quem lhe quer bem e deu os sinais indiscutíveis de que está disposta a olhar em frente e funcionar como ponto de partida para momentos mais felizes. Simão marcou um golo importante para cumprir o objectivo de ganhar a Bota de Ouro; a equipa somou mais três pontos, podendo agora atingir a marca final de 75, a mesma com que o Sporting foi campeão a época passada; Miguel e Tiago confirmam a cada dia que passa a qualidade que faz deles frutos apetecíveis do mercado europeu.
Sem deslumbrar, sem fazer do embate uma questão de vida ou de morte, o Benfica foi sempre mais forte. Ganhou o meio campo, tornou-se mais perigoso por acção dos avançados e marcou já na fase final do primeiro tempo, em lance concebido por Tiago e concluído por Simão. Quando chegou o 2-0, já a sorte da partida parecia destinada, apesar dos incómodos trazidos do balneário pelo inconformado Lary. Até ao fim, as coisas tornaram-se banais: de um lado uma equipa em luta consigo própria para ultrapassar a desinspiração e chegar ao golo que lhe devolveria a esperança (Gil Vicente), e do outro uma formação em vantagem no marcador, com as condições reunidas para partir em busca do terceiro tento.
Pedro Henriques fez um óptimo trabalho, dentro do seu estilo habitual, num jogo pouco exigente a todos os níveis.
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