Luís Filipe Vieira foi bastante duro para com Pedro Proença, presidente da FPF, que recebeu o apoio do Benfica nas eleições realizadas em fevereiro, o que motivou um comunicado do organismo federativo, que avisa que poderá acionar "os meios legais" na sequência da entrevista ao NOW. Agora, foi a vez de João Gabriel, antigo diretor de comunicação dos encarnados, vir em defesa de Luís Filipe Vieira ao recordar alguns episódios que envolvem Pedro Proença- E chega a uma conclusão: "Há um padrão claro no comportamento de Pedro Proença — e não é bom, nem recomendável para quem desempenha as funções que exerce".

Como o título, "O que nos diz este comunicado é que Vieira disse a verdade", João Gabriel considera que a missiva da FPF "vale zero" e é apenas um comunicado "pífio, para dizer que se reagiu".

"Diz o comunicado que a Federação e o seu Presidente se reservam o direito de recorrer a todos os meios legais para defesa do bom nome, credibilidade e honorabilidade “sempre que os mesmos sejam colocados em causa”. Importa-se de repetir? Se não perceberam: o bom nome, a credibilidade e a honorabilidade do Presidente não foram colocados em causa — foram arrasados durante meia hora. E até agora, nem o Presidente da Federação, nem a Federação – através deste comunicado – contradisseram ou desmentiram as graves acusações que lhe foram dirigidas", começa por ler-se antes de se que o aliciamento que Vieira apontou é "crime público": "Convém não esquecer que o “aliciamento” de que LFV ontem falou é crime público, que pode e deve levar a um inquérito da Procuradoria. Convém também ter presente que decorre na Procuradoria um outro inquérito sobre vigilância indevida – durante o processo eleitoral para a FPF – a Nuno Lobo, cujo autor material seria Rui Caeiro, que partilhou fotos de Lobo em várias das suas deslocações, afirmando sem pudor “saber” por onde este andava, e o autor moral, Pedro Proença. E não menos relevante, o episódio noticiado pelo Correio da Manhã que deu conta da instalação de uma câmara na urna de voto durante as eleições para a Liga, em 2019, porque Proença queria saber em quem é que os presidentes dos clubes votavam! Informação confirmada pelo informático que procedeu à instalação da mesma!"

João Gabriel termina o comunicado, divulgado no Linkedin a lembrar a criação de um Comité de Ética por parte da FPF. "Acaba de ser publicitada a criação de um Comité de Ética na FPF, presidido por Emanuel Medeiros. Mesmo a tempo. O Comité tem já muito trabalho pela frente, porque, se este Comité for isento e independente, o primeiro trabalho que tem pela frente é investigar as ações do Presidente da FPF. Veremos se Emanuel Medeiros tem força para isso!".