Mexidas no plantel abanaram máquina defensiva que laborava de olhos fechados
Quatro-quatro-dois. O sistema para Jorge Jesus é a origem da ideia de jogo, de treino e de jogadores, como também do modelo, em que a notável qualidade na organização defensiva procura servir como complemento à vertigem ofensiva. Ambas estão menos fiáveis em 2014/15.
Ter Rodrigo e Lima em conjunto no ataque abonava poder de fogo, o que era uma garantia de contragolpes extremamente incisivos e lancinantes e de golos, pela forma como os “gémeos” se complementavam, e pressão a toda a largura e profundidade do meio-campo ofensivo, algo crucial para impedir que o adversário saísse a jogar com qualidade, permitindo que a linha defensiva atuasse mais subida no terreno e encurtando os espaços para a linha média.
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A saída de unidades-chave (Garay e Siqueira, depois de Matic), a lesão de jogadores que já tinham percebido a fórmula de Jesus (Amorim e Fejsa), e a introdução de caras novas em posições-chave (Samaris, Eliseu, Talisca e, até, Jardel, que conheceu o seu melhor período a atuar ao lado de Garay), ainda a precisarem de apreender os 5 mandamentos – criatividade, operacionalização, liderança, organização, paixão – do que o técnico dos encarnados define como a sua ciência futebolística, abalaram uma máquina defensiva que labutava de olhos fechados, enquanto o rolo compressor ofensivo está mais incisivo para consumo interno, ainda que a ritmos mais moderados, do que externo, onde Lima não só perdeu Rodrigo, como também não teve Jonas, uma mais-valia inequívoca pela qualidade técnica e de definição exclusivamente no corredor central, e viu Derley, ainda sem andamento para a carruagem da Champions, ocupar o banco que foi de Cardozo, aquele corpo estranho que detonava bombas.
Tudo isto esclarece a relutância em experimentar cambiantes ao seu 4x4x2, além do desagrado em responder a questões que toquem no infinito íntimo do sistema de eleição. Por mais que os campos gráficos demonstrem que, em São Petersburgo e Coimbra, o Benfica se tenha aproximado do 4x3x3, o sistema será sempre o 4x4x2. Ante o Zenit, Jesus optou inicialmente por um plano de jogo mais equilibrado, prendendo os laterais a tarefas mais defensivas, e obrigando Talisca a um papel mais de terceiro-médio, de forma a contrabalançar forças na zona nevrálgica do terreno. Aparentemente, mais próximo do 4x3x3. Para Jesus, sempre em 4x4x2. Diante da Académica, o alheamento de Talisca, pouco empático com Jonas, jogador com movimentações bem diferentes das de Lima, cujos movimentos em largura e profundidade beneficiam vastamente as explosões do baiano, valeu-lhe a substituição, aparecendo Gaitán, na última meia hora, no corredor central, o que permitiu ao Benfica gerir o resultado. O que é raro. O argentino, para Jorge Jesus, foi “9,5”. Mas em 4x3x3? Não, sempre em 4x4x2.
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