Em entrevista ao agora vice-presidente José Eduardo Moniz, emitida esta quinta-feira, Jorge Jesus assumiu à Benfica TV que a responsabilidade de continuar à frente do plantel dos encarnados é grande, mas reconhece que está preparado.

"É verdade que a minha responsabilidade é grande, mas a pressão é a mesma das outras temporadas. Quando aqui entrei havia a pressão da estreia, agora é a de termos deixado escapar os troféus na última temporada".

E prosseguiu: "O êxito tem dois caminhos: resultados e títulos. Ao longo destes quatro anos, o Benfica tem de contabilizar também os resultados e não apenas títulos. Ainda não conseguimos tantos títulos em relação ao que ambicionávamos, mas temos conseguido resultados significativos. Recuperámos o prestígio internacional, este ano vamos estar no Pote 1 no sorteio da 'Champions'. E isso vai acontecer porque somos um dos 8 melhores da Europa. Não ganhámos provas internacionais, mas conseguimos um conjunto de resultados que nos colocam entre os melhores".

No entanto, Jorge Jesus reconhece que "isso não chega". E explica: "Não fico, tal como todos os adeptos benfiquistas, satisfeito apenas com o jogar bem. No primeiro ano disse que iríamos jogar o dobro. Agora, digo apenas que quero o mesmo nível exibicional da temporada anterior".

O técnico dos encarnados prefere "não branquear as coisas" e não foge à questão: "A melhor equipa portuguesa? A melhor é quem ganha".

"A minha sensibilidade, o meu conhecimento, leva-me a dizer que o Benfica está cada vez mais perto de recuperar a hegemonia do futebol nacional. A época passada estivemos em todas as frentes até quase ao fim, o que nos deixou aquela sensação de que podíamos ter ganho tudo e ficámos sem nada, mas só perde quem lá chega. Acabou por ser uma época de desilusão, quando esteve perto de ser histórica."