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14 dezembro

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José Mourinho: o atual grupo que é dos "melhores da carreira" e o tipo de treinador que "começa a ser raro"

Treinador do Benfica fala de futebol de forma mais genérica, entre passado e presente

José Mourinho
José Mourinho • Foto: Luís Manuel Neves

José Mourinho esteve no arranque da Benfica FM, onde falou do seu lado menos conhecido, mesmo aquele que diz respeito ao futebol. O treinador do Benfica falou daquilo que é a sua rotina, do gosto pelo treino e, pelo meio, deixou um enorme elogio à sua equipa técnica: "este meu grupo é muito profissional, fantástico. Não quero dizer que é o melhor que tive em 25 anos porque seria ofensivo para os outros, mas é seguramente um dos melhores."

A cama do Seixal é mais confortável?

"Não (risos). A cama lá de casa é ultra confortável. É importante que me comece a preparar para o nosso dia. Quando a família não está, obviamente que tenho prazer de dormir em 'casa', em Londres. Aí tenho mais prazer de estar com a 'outra' família e facilita-me. Aqui é só descer a escada ou o elevador".

Primeira coisa que faz quando acorda? Não lê jornais...

"Não não, de todo. Ler jornais não. A primeira coisa que faço... Bem, durmo tarde. Não durmo sem dar a volta pela família. Se estiver com ela [dou a volta] de um modo, senão de outro modo. Não durmo sem o meu filme ou o meu episódio de alguma série que esteja a seguir. Mas o mais relaxado possível. Mas de manhã, quando o despertador toca, sofro. É um momento de sofrimento, tenho ali dois ou três minutos de sofrimento. Ponho ali no limite, não tenho tempo para ficar mais um bocadinho".

Organização...

"Relativamente ao treino, as coisas ficam organizadas no dia anterior. Aproveito para dizer que este meu grupo é muito profissional, fantástico. Não quero dizer que é o melhor que tive em 25 anos porque seria ofensivo para os outros, mas é seguramente um dos melhores. Não saímos [do trabalho no dia anterior] sem que tudo esteja preparado. Mas gosto de estar lá no dia seguinte, ver quem chega mais cedo, mais tarde... Imediatamente começar a acelerar as coisas".

Acorda com esta vontade de treinar?

"É inquestionável. É uma das coisas que eu e os mais próximos nos questionamos. Não gosto de generalizar, mas às vezes há a sensação de que a nova geração, seja jogadores ou treinadores, não gosta muito de treinar nem de futebol, ou daquilo que o futebol pode dar. E honestamente, continuo igual. Não consigo vislumbrar o dia em que tenha mudado alguma coisa. Não consigo. E recordo sempre uma conversa que já tive quando estava no Real Madrid, em 2012/13, com Sir Alex Ferguson, e antes do jogo perguntava-lhe como era a evolução das coisas. E ele disse-me 'esquece, para gente como nós é igual. O dia-a-dia é igual, a paixão, o nervosismo antes do jogo, a alegria depois de ganhar, a tristeza depois de perder... Para nós não muda nada'. Já vamos em 2025 e ele tem razão..."

É isso que separa os bons e os excelentes?

"Se calhar não é entre os bons e os excelentes, é entre os jogadores e treinadores de momento e os jogadores e treinadores de carreira. E os de carreira há cada vez menos. Ancelottis, Fergusons... Começam a ficar mais raros. Aparecem rapidamente e desaparecem muito rapidamente. Estava em Istambul e um treinador muito bom pediu-me para estar três dias comigo a conversar. Uma das coisas que ele queria muito saber era sobre a fadiga, porque ele cansava-se muito. Cada vez que tinha oportunidade, aproveitava uma semana internacional para desaparecer. E eu disse-lhe 'podemos estar aqui a falar de muitas coisas, mas sobre isto vai ser difícil explicar-te. Porque se precisas de descansar com 40 anos...'.

Em Londres o tempo era bem pior?

"Em Manchester sim..."

Por André Santos
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