Os próximos meses serão decisivos quanto ao sucesso na recuperação de Pedro Mantorras. Só lá para o fim da temporada é que se poderá analisar se o tratamento que começou a fazer trará alguns resultados e permitirá ao jogador voltar à competição.
Ramon Cugat deixou toda a gente muito optimista quando explicou que, através de um tratamento revolucionário, podia criar uma nova cartilagem no joelho direito. Mas os especialistas que rodeiam o jogador mantêm grandes dúvidas. Mesmo que se forme uma nova fibrocartilagem, Mantorras terá sempre a desvantagem de não ter menisco, correndo o risco de voltar a degradar a cartilagem.
A hipótese de se proceder a um transplante de menisco, depois da cartilagem estar regenerada, tem sido discutida mas sem grande entusiasmo por parte dos envolvidos. Amunike, nigeriano que passou pelo Sporting antes de seguir para Barcelona, tentou a técnica mas deixou de ter futebol para os grandes clubes.
O menisco não é um tecido vascularizado que se integre num novo organismo e geralmente é rejeitado. Cugat, de resto, é contra a hipótese. "Não aconselho", disse.
O objectivo, portanto, é criar uma nova cartilagem nos ossos do joelho e esperar que esta se aguente para que, pelo menos, Mantorras possa jogar futebol até pouco depois dos 30 anos. Depois, à medida que envelhecer, terá certamente problemas. O que será um mal menor. O especialista Cugat referiu que a técnica de injecção de factores de crescimento já foi aplicada em 1500 casos e 25 eram jogadores de futebol.
Em Espanha, o tratamento deu resultados no colombiano Harold Lozano, quando este ainda estava no Valladolid. O médio regressou ao activo, chegou ao Maiorca e hoje joga no México, continuando a ser chamado à selecção. Na quarta-feira passada foi titular, no apuramento para o Mundial, com a Argentina.
Espera-se que algo de semelhante suceda no caso de Mantorras. Entretanto, não se pense que o simples facto de ter regressado ao convívio com o plantel significa algo de muito bom. O angolano não fez mais do que prosseguir um treino semelhante ao que desenvolvia, de forma isolada, junto de António Gaspar, no Monte da Galega.
O próprio Cugat confirmou, há duas semanas, em Barcelona, que Mantorras tem um défice de dois centímetros de massa muscular na perna direita e que apresenta ainda sinais de derrame. "Pode correr e pouco mais." Aliás, diga-se, é notório que o "palanca" apresenta corrida irregular e coxeia ligeiramente. É ainda evidente que tem a perna direita muito mais magra que a esquerda. Por alguma razão passou a treinar de calças…
Seguro especial de 20 milhões de euros
Ainda Mantorras estava no Alverca e os dirigentes ribatejanos, atentos ao potencial do angolano, já tinham avançado para um seguro especial ao jogador. Mediante o pagamento de 15 mil contos anuais garantiam uma verba de 10 milhões de euros (dois milhões de contos), a dividir pelo clube e pelo atleta. Isto, claro está, caso o angolano ficasse impedido de prosseguir a prática desportiva.
Depois da transferência para o Benfica (começou a jogar na Luz em 2001/2002), o seguro foi actualizado. O jovem continuava as boas exibições, choviam na Luz propostas dos grandes europeus e os dirigentes tentaram antever algum imponderável, passando o seguro a valer quase 20 milhões de euros (cerca de quatro milhões de contos), divididos então por três partes: Benfica, Mantorras e Alverca, que ainda tem 50 por cento do passe.
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