"Não haverá memória de um jogador dar tamanha volta à carreira. Do despromovido E. Amadora para o Marítimo, depois de Benfica e FC Porto terem ficado para trás. Pelo que fez, merecia estar nos 23 que vão ao Mundial"
O MARÍTIMO venceu o Benfica, por 3-2, num jogo que começou por ser muito táctico e que acabou a um ritmo elevado e de incerteza no resultado, com situações de golo a sucederem-se para um e outro lado, no derradeiro quarto de hora. Foi, assim, em termos de espectáculo, um fecho de temporada muito bom, mas, claro, melhor para a equipa de Nelo Vingada. E apesar de o futebol ser um jogo colectivo, um jogador merece um destaque muito especial, não só pelo jogo de ontem, mas porque a grande exibição dele repetiu-se várias vezes ao longo do ano: Daniel Kenedy. Por "acaso", até foi ele quem acabou por dar a volta ao resultado, levando a equipa para a vitória; primeiro fez o golo do empate (2-2), depois "criou" o "penalty" do 3-2; por "acaso" até atirou ao poste nos últimos segundos; por "acaso"... Nada por acaso!
Não haverá memória de um jogador dar tamanha volta à carreira como Kenedy conseguiu. Do despromovido Estrela da Amadora para o Marítimo, depois de Benfica e FC Porto terem ficado para trás. Se os méritos conseguidos na I Liga valessem uma presença no próximo Mundial, Kenedy estaria sempre nos 23.
Nelo Vingada entrou com três centrais, por forma a marcar Mantorras e Jankauskas e ter um defesa a sobrar no eixo. Com isso, quase "vendeu" o meio-campo, também porque Danny e Iliev não estiveram particularmente bem. Mas o Benfica, sem crtiativos no miolo, e com as alas pouco funcionais, também não parecia capaz de criar grande perigo. Por isso, a primeira meia hora foi fraca, mal jogada e com poucos remates. Até que a magia de Mantorras fez a diferença, numa dança com "cheiro a África" à frente de Pepe e Van der Gaag. Para o intervalo, os da Luz saiam em vantagem, mas regressariam ao jogo para perder de imediato essa condição, porque Gaúcho empatou no quarto minuto deste período. O "diamante" de Angola, com a generosidade que se lhe conhece, fez-se de novo à vida e com mais uma dança, agora sobre Briguel, voltou a colocar tudo na primeira forma: 2-1, para o Benfica, aos 55 minutos.
A reacção de Nelo Vingada, pronta a acertada, equilibrou as coisas: trocou Iliev e Danny por Joel e Richardson, passou a ter o meio-campo controlado e preparou a resposta.
Jesualdo Ferreira não ficou a ver as coisas acontecerem. Mas a verdade é que olhava para o banco e via o quê? Para mais, com Argel a queixar-se de dores musculares e a ameaçar ter de sair a qualquer momento, não restava ao técnico outra opção que a de deixar acalmar o jogo, após a reacção maritimista. Só que quando as coisas pareciam seguir o caminho da calmaria, Vingada abdicou de um central (Jorge Soares) para ter um apoio a Gaúcho (Quim). E o avançado do Marítimo, mal entrou, deu de cabeça para Kenedy fazer o 2-2.
Carlitos rendeu Drulovic e o Benfica voltou a estar mais ofensivo, mas só Mantorras rematava.
Gaúcho (81) viu Moreira negar-lhe o golo com uma boa defesa, mas Nélson ainda esteve melhor (83) ao parar um remate de Miguel que tinha tudo para dar golo. Não deu e o jogo virou. Argel teve mesmo de sair e o recém entrado Júlio César perdeu no duelo com Kenedy, no lance que terminaria com Lucílio Baptista a marcar "penalty" por pretensa mão de Toni a evitar o golo do esquerdino maritimista.
Já com Porfírio em campo, o Benfica tentou reagir, mas foi uma vez mais Kenedy, em contra-ataque, quem esteve perto do golo, só que o remate embateu no poste.
O árbitro de Setúbal, LUCÍLIO BAPTISTA, poupou a expulsão a Porfírio (agrediu Richardson, sem bola, e só viu o amarelo) e teve uma decisão discutível no lance do "penalty": o remate de Kenedy é desferido muito em cima de Toni, com este no chão. O juiz estava muito perto e terá visto algum movimento da mão de Toni que de fora do campo não é perceptível. Decidiu bem, na primeira parte, ao amarelar Gaúcho, por este cair na área, em lance com Tiago, tentando provocar a grande penalidade que não existiu. Dois foras-de-jogo muito mal assinalados (um para cada lado).
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