Martim Mayer mostra-se agradado com o facto da Multicert ter sido a eleita para "acompanhar o ato eleitoral e implementar os processos necessários à sua auditabilidade", como revelou ontem o Benfica. No entanto, o candidato estranha que não tenha existido qualquer referência à possibilidade de existência de voto eletrónico, pois diz estar a par que a empresa do grupo SIBS se preparou para essa possibilidade. Por isso, Mayer irá pedir esclarecimentos ao presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Pereira da Costa, pois acredita que, com informação, os sócios não terão dúvidas em acolher essa possibilidade. 

" O comunicado transmite informação importante sobre a organização do processo de voto físico, sobre o caderno eleitoral e a contagem de votos entre outros pontos, mas não se pronuncia sobre todos os aspetos relevantes do ato eleitoral em que a Multicert terá um papel determinante, com destaque para o voto eletrónico. Segundo a informação de que dispomos a Multicert concebeu um procedimento que garante o exercício desta modalidade de voto em cumprimento rigoroso de todas exigências dos novos Estatutos que vão reger as eleições de dia 25. É fundamental que os sócios conheçam a fundo os detalhes desta solução e da totalidade dos procedimentos de implementação das propostas do Regulamento, de modo a que votem de forma consciente e esclarecida, livres das diversas manipulações que têm vindo a lume sobre esta matéria", começou por apontar, em comunicado, Martim Mayer, antes de se mostrar confiante nessa solução.

"Neste sentido, iremos requerer ainda hoje ao PMAG a presença na AG de representantes da Multicert para responder a questões dos sócios e prestar esclarecimentos. Estamos convictos que a transparência e informação permitem esvaziar objeções infundadas e taticistas ao voto eletrónico – aquele que reconhecidamente possibilita a melhor cobertura da votação dos sócios que se encontram fora do território continental – e que contribuem para a formação de consensos relativamente ao processo eleitoral".