Dois elementos, alegadamente da claque encarnada No Name Boys, foram acusados pelo Ministério Público, através do DIAP de Ponta Delgada, da autoria de dois crimes: um de ofensa à integridade física qualificada e outro de resistência e coação sobre funcionário. Em causa estão os desacatos ocorridos no exterior de uma discoteca na capital dos Açores, na sequência do jogo realizado pelo Benfica contra o Santa Clara, em janeiro.

De acordo com a acusação do Ministério Público, os crimes foram praticados porque um grupo de adeptos, que foram associados ao Benfica, pretendia sair do espaço de diversão noturna sem pagar o consumo das bebidas. O proprietário da discoteca acabou por ser agredido na face com uma garrafa de vidro, o que acabou por lhe provocar um corte profundo.

Naquela noite, quando a PSP chegou ao local, os arguidos e outros elementos, que não foi possível identificar durante a investigação, prosseguiram com os desacatos, arremessando garrafas, pedras e paus aos elementos das forças de segurança, que foram forçados a disparar diversos tiros de ‘shotgun’ para repor a ordem na via pública.

Recorde-se que, na sequência destes atos, foi detido um elemento da claque, que assumiu uma posição de liderança durante o confronto com os seguranças da discoteca e o ataque aos agentes da PSP. Este último ficou sujeito a prisão preventiva durante uma fase inicial do processo, mas a medida de coação foi alterada para a obrigação de permanência na sua habitação, com vigilância eletrónica.

Falta agendar julgamento

O julgamento dos dois homens associados à claque No Name Boys ainda não tem data nem hora marcadas pelo Tribunal de Ponta Delgada. Tal vai ser agendado por um dos juízes que integram essa mesma instância central. Como os alegados adeptos benfiquistas não requereram a fase de instrução, passarão já à fase de julgamento, aguardando apenas a data em que este irá ter início.