Eles não marcaram qualquer golo, mas foram figuras preponderantes nas suas equipas. Gaitán, pelo Benfica, e Kuca, do lado do Estoril, sobressaíram pelo que fizeram na dinamização dos respetivos ataques, pelos desequilíbrios que causaram e pelo que contribuíram para a qualidade do futebol que se viu na Amoreira.

Ainda assim, Gaitán acabou por estar vários furos acima de Kuca, já que o argentino esteve muito mais interventivo em todas as ações ofensivas, nunca se confinando apenas ao flanco esquerdo, como aconteceu com o cabo-verdiano. Gaitán atacou mais, teve muito mais passes certeiros e movimentos de combinação com outros companheiros. Kuca venceu apenas no capítulo dos remates, mesmo que nenhum deles tenha acertado com a baliza contrária.

Mas o balanço entre um e outro é claramente favorável ao benfiquista, bem mais do que o resultado final disse em favor dos visitantes. Na verdade, Gaitán foi o verdadeiro dono da bola na Amoreira, já que a mesma passou pelos seus pés dezenas de vezes, em bem mais de metade dos ataques do Benfica, o mesmo não se passando com Kuca, que teve um papel mais discreto no ataque do Estoril.

Sempre mais Gaitán

Gaitán concretizou 32 passes certos e apenas seis errados em todo o jogo, contra apenas três passes certos e dois errados de Kuca, nos 78 minutos em que esteve em campo. Dizem ainda as estatísticas que tanto Gaitán como Kuca não sofreram qualquer falta, mas o argentino esteve muito mais interventivo no ataque.

Foi preciso esperar pela segunda parte para que o cabo-verdiano mostrasse um pouco do que de bom vem fazendo. Dos seus pés nasceu o segundo golo do Estoril, depois de terem saído dois remates de relativo perigo para a baliza de Artur. A ação de Kuca, no entanto, ficou muito limitada ao flanco esquerdo, o que não se passou com Gaitán, que causou problemas à defesa canarinha em toda a largura da frente de ataque do Benfica.