Candidato à presidência do Benfica admitiu ainda que norma o deixa "desconfortável"
Para além do próprio programa, João Noronha Lopes mostrou na entrevista que concedeu à SIC, este domingo, o programa de Rui Costa, um projeto que diz não ser mais que um “powerpoint feito em cima do joelho”. Referindo-se novamente ao líder máximo do Benfica como “o presidente do quase”, o gestor elencou os motivos que o distinguem do atual dirigente do clube.
“A diferença entre a minha candidatura e a do Rui Costa também é ao nível dos programas. O meu programa fala do futuro. O Rui Costa tem aqui meia dúzia de ideias vagas, medidas com duas ou três linhas em que fala mais do passado do que do futuro”, critica Noronha Lopes, sustentando: “Isto revela um programa que é feito em cima do joelho. Tal como a época desportiva é planeada em cima do joelho; tal como o ‘Benfica District’ foi feito em cima do joelho; tal como a cidade das modalidades foi prometida e não foi concluída porque foi feita em cima do joelho; tal como a Benfica Rádio é prometida, contratámos uma série de pessoas e ainda não arrancou porque foi feita em cima dos joelhos.” O candidato à presidência do emblema da Luz defende ser diferente por ter, entre outras coisas, “um plano a 10 anos para a Benfica”. “O Benfica não pode ser gerido em cima do joelho”, atirou.
Outro tema sensível nesta corrida eleitoral diz respeito ao chumbo do Relatório e Contas e à queda prevista da Direção caso tal suceda de forma consecutiva. Sobre isso, Noronha Lopes admite que é "desconfortável”. “É uma norma que consta nos estatutos e que foi apresentada pela Direção do Benfica como resultado de um processo de discussão com a Comissão de Revisão dos Estatutos. Se me pergunta se é uma norma com a qual eu me sinto confortável, não, não é. Mas na democracia temos que perceber que os estatutos são o resultado de uma discussão. E são uma discussão de consenso. Há coisas nos estatutos com que concordo, outras sobre as quais não discuto. Mas também não dramatizo isto [a previsão de queda da Direção], são os estatutos que temos. Qualquer presidente do Benfica vai ter que trabalhar com eles. Não vale a pena estarmos aqui a discutir”, avaliou.
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Mas a propósito do chumbo, em concreto, Noronha Lopes refere os motivos que o justificam. “Quando olhamos para as contas do Benfica, vemos que os resultados passados apresentam resultados correntes, ou seja, o saldo entre as receitas e as despesas correntes é positivo devido a uma circunstância excecional, que é o Mundial de Clubes, que só se verifica de 4 em 4 anos. Porque se isso não acontecesse, estas receitas e as despesas correntes apresentariam um resultado negativo de 20 milhões de euros. Este resultado líquido é positivo apenas e só porque tivemos a venda do João Neves. Ou seja, tivemos resultados excecionais com o Mundial de Clubes, vendemos jogadores e não ganhámos nada", mencionou.
Por isso, a "avaliação global" que Noronha Lopes faz "é negativa". "Rui Costa teve condições únicas para ter uma excelente presidência. Escolheu ficar com as mesmas pessoas que estavam com Luís Filipe Vieira. E depois, é o presidente do quase. Diz que quase ganhámos o campeonato, quase ganhámos a Taça [de Portugal], quase temos bons resultados financeiros, quase soubemos defender o Benfica, quase temos uma rádio... O Benfica não precisa de um presidente do quase, não precisa de um presidente que vai fazer um estágio no Benfica e depois pede mais quatro anos para então apresentar resultados. O Benfica precisa de um presidente que esteja preparado desde o primeiro dia para ser presidente do Benfica, que tenha a capacidade de se rodear com uma equipa que escolheu e de apresentar resultados e seja julgado pelos resultados. Se eu ganhasse um campeonato em quatro, não me recandidataria à presidência”, garantiu.
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