Dois dias depois da entrevista de Nuno Catarino a Record, em que o CFO do Benfica deixou críticas às listas concorrentes às eleições do clube, há uma novidade: José Theotónio está pronto para assumir o cargo de vice-presidente financeiro e CFO da Benfica SAD, caso João Noronha Lopes seja eleito, e... em pleno. O CEO do grupo Pestana garante, em entrevista ao ECO: “No Benfica é a 100%, é a tempo inteiro."

O atual dirigente das águias, Nuno Catarino, foi irónico quando abordou este tema. "Toda a minha vida tive uma regra básica que me ensinou o meu pai: se eu trabalhar mais e melhor do que os outros nunca vou ter problemas de legitimidade. Nunca tive em toda a minha vida. O presidente achou que fazia sentido convidar-me. Estou comprometido com o dito do projeto. Acabo por ter um papel muito mais transversal no clube e é coerente, acredito eu, com ser o vice-presidente do clube. Agora, se já hoje estou a 100% durante 7 dias por semana, vou ter que estar a 125% no futuro. Mas isso não é problema nenhum, estou cá para trabalhar. Sei que em algumas candidaturas temos modelos de CFO relativamente inovadores, que são os CFO de fim de semana ou de um dia por semana. Isso eu acho que é impossível. Estou lá para dedicar-me a tempo inteiro, 7 dias por semana, como estou a ter feito até hoje", atirou, em declarações ao nosso jornal.

Já Theotónio abordou ainda outros temas, como aumentar a receita do Benfica atuando "melhor no mercado". "O nosso objetivo é chegar aos 35 milhões de euros de resultado operacional. É começar de imediato, porque não podemos estar à espera de quatro anos. Se o Benfica fica, novamente, a perder 15 milhões por ano, nos próximos quatro anos está falido. É esta situação que não se pode manter. Isto é para fazer de imediato", disse também em entrevista ao ECO.

Sobre as principais medidas da candidatura de Noronha Lopes para o campo financeiro, o possível futuro dirigente do Benfica, que transita para funções não executivas no grupo Pestana, fala da importância de se fazer uma auditoria. "É uma medida de gestão normal quando entra uma nova direção e, portanto, o que se quer fazer é conhecer em que situação em que o clube se encontra, para depois, a partir daí, poder planear. A auditoria envolverá os últimos 10 anos", explicou.