Candidato à presidência entende que José Pereira da Costa tem contribuído para que "as dúvidas sobre as eleições subsistam e se adensem"
João Noronha Lopes, candidato à presidência do Benfica, exige que José Pereira da Costa, presidente da MAG, responda a uma série de questões acerca das eleições marcadas para 25 de outubro. Depois de mostrar em comunicado "grande apreensão" por o dirigente "contribuir para que as dúvidas acerca deste ato eleitoral subsistam e se adensem", o gestor quer ver esclarecidas diversas questões ligadas à imparcialidade, secções de voto, voto por correspondência, cadernos eleitorais, discussão do Regulamento Eleitoral e Casas do Benfica. "Esclareça os Sócios. Honre a Democracia no Benfica", lê-se no texto enviado via e-mail pelo candidato aos serviços do clube.
Eis o comunicado na íntegra:
"Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Geral: esclareça os Sócios. Honre a Democracia no Benfica.
O Sport Lisboa e Benfica caminha para as eleições mais decisivas da sua história recente. A importância deste ato eleitoral no Benfica exige um processo absolutamente imparcial, rigoroso e transparente, capaz de garantir a eleição mais participada de sempre no Clube, em Portugal e no estrangeiro, desde logo através de uma articulação efetiva com as Casas do Benfica.
É por isso motivo de grande apreensão que o Presidente da Mesa da Assembleia Geral (PMAG), Dr. José Pereira da Costa, continue a contribuir para que as dúvidas acerca deste ato eleitoral subsistam e se adensem.
O PMAG teve duas oportunidades, a 28 de julho e a 9 de setembro, para esclarecer os sócios. Falhou nas duas. Ao adiar este esclarecimento, o PMAG deixou-se enredar numa postura tacticista que não dignifica os deveres de isenção exigidos a qualquer Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica.
Cada dia que passa sem respostas fragiliza o ato eleitoral e compromete a confiança dos Benfiquistas.
A candidatura Benfica Acima de Tudo, liderada por João Noronha Lopes, exige respostas imediatas, claras e por escrito às seguintes questões:
Imparcialidade:
- O Presidente da MAG é ou pretende ser candidato na lista do atual Presidente para a Direção do Clube? Se sim, que lugar assumirá nessa lista?
- Perante a ausência de representação oficial da candidatura de Rui Costa nas reuniões realizadas até aqui, importa perguntar: em que qualidade pretende o PMAG conduzir o atual processo eleitoral? Enquanto PMAG, enquanto representante não oficial da candidatura de Rui Costa, ou ambas?
- Caso se confirme a sua presença na lista do atual Presidente, admite proceder com bom senso e retirar-se da condução do ato eleitoral?
Secções de voto:
- O que impede o PMAG de divulgar a lista completa de todas as mesas de voto em Portugal e no estrangeiro, bem como confirmação de que as Casas do Benfica serão notificadas de imediato para garantir que dispõem de todas as condições necessárias ao regular e pleno funcionamento do ato eleitoral?
- Sabendo-se que o voto físico em urna será o método de votação no próximo ato eleitoral, por que motivo ainda não disponibilizou o PMAG informação que permita, de forma atempada e para conhecimento de todos os sócios, planear o ato eleitoral de modo a garantir uma participação tão expressiva quanto possível?
Voto por correspondência:
- Quais são os fundamentos jurídicos e operacionais para o PMAG ter recusado informalmente esta opção?
- Que soluções concretas foram procuradas que permitam avaliar, com a abertura que o tema exige, a exequibilidade deste método de voto?
- Qual é a posição definitiva da MAG em relação a este tema?
Cadernos eleitorais:
- Quando será disponibilizado o acesso aos cadernos eleitorais?
- O que impede a MAG de disponibilizar dados anonimizados relativos ao número de sócios, distribuição percentual por número de votos, estratificação etária, e respetiva distribuição geográfica?
- Qual será a forma de acesso e verificação pelas candidaturas para garantir transparência e fiscalização efetiva antes do ato eleitoral, e durante o mesmo?
Discussão do Regulamento Eleitoral:
- Perante as preocupações já elencadas por múltiplos sócios, por que motivo o PMAG recusa aceitar a discussão e a votação de propostas de alteração do Regulamento Eleitoral proposto pela Direção, na Assembleia Geral convocada para 27 de setembro?
Casas do Benfica:
- Em virtude da inação verificada até aqui, quando pretende o PMAG envolver as Casas do Benfica na organização do ato eleitoral, de modo a garantir que estas são informadas atempadamente acerca do seu envolvimento numa operação que se prevê de grande complexidade?
Responder a estas perguntas é um dever do Presidente da Mesa da Assembleia Geral. A dúvida não deve permanecer. A história recente dos atos eleitorais do Sport Lisboa e Benfica deveria impor um zelo redobrado ao responsável direto pela sua condução. Sem respostas claras, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral arrisca-se a colocar em causa a seriedade do próximo ato eleitoral, assumindo o ónus da perda de confiança e dos danos reputacionais resultantes de um ato eleitoral que não seja conduzido sem mácula.
Dr. José Pereira da Costa: enquanto PMAG, tem o dever de responder de forma clara, pública e imediata, a todas estas perguntas, pelo respeito que esta candidatura exige, mas acima de tudo pelo respeito que é devido aos sócios do Benfica.
Lisboa, 19 de setembro de 2025
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