"Estava sempre numa boa a contar histórias aos sócios", lembra João Carvalho...
Em momento algum a existência de Eusébio da Silva Ferreira pode ser dissociada da vida do Sport Lisboa e Benfica. Nem mesmo quando trocou Lisboa por paragens mais distantes, como os Estados Unidos da América ou o Canadá, ou menos distantes, como Aveiro ou Tomar, o Pantera Negra deixou de ser encarado como um símbolo do clube encarnado.
Mesmo após pendurar as botas como jogador, o Rei continuou ligado ao emblema das águias. Numa posição mais discreta, como treinador de guarda-redes ou técnico-adjunto, mas sempre em lugar de destaque no coração dos adeptos, que continuavam a confundir o melhor marcador da história do clube com o próprio símbolo do Benfica.
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Um amor interrompido no preciso momento em que João Vale e Azevedo se tornou no 31.º presidente dos encarnados. Eusébio perdeu visibilidade, foi relegado para uma posição de menor destaque, quase votado ao esquecimento. Entre muitos outros pecados, Vale e Azevedo cometeu o de desvalorizar a importância de Eusébio no universo encarnado. Acabou por pagar caro a ousadia.
Na véspera das eleições disputadas com Manuel Vilarinho, a 27 de outubro de 2000, Eusébio deu o seu apoio ao candidato e este regozijou com a iniciativa. “Estou muito feliz. O Eusébio é um homem de coragem e um símbolo do clube. Sinto-me cada vez mais presidente do Benfica”. E tinha razões para isso. Manuel Vilarinho sucederia a Vale e Azevedo na presidência do clube e recuperava o Pantera Negra para a ribalta, entregando-lhe um título, que nunca deixara de utilizar, apesar do ostracismo a que fora votado nos três anos anteriores: o de Embaixador do Benfica.
Centro das atenções
João Carvalho, então membro do conselho fiscal dos encarnados, enaltece a decisão do então presidente do Benfica e recorda alguns momentos passados na companhia do Rei. “Quando íamos às casas do Benfica, sempre que ele estava em condições, acompanhava-nos e era, naturalmente, o centro das atenções.Ele é que era a estrela da companhia”, relembra o antigo dirigente, admitindo que em diversas ocasiões o presidente encarnado teve de retardar os seus discursos para que todos os adeptos pudessem ter um momento de convívio com Eusébio.
O antigo elemento do conselho fiscal recorda a grande disponibilidade demonstrada pelo Rei para acorrer a todas as solicitações. “Estava sempre muito contente, com uma enorme disponibilidade para as fotografias e autógrafos e uma frescura por vezes invejável. Às vezes, chegávamos às 11 da noite ou à meia-noite cansados, desejosos de ir para o hotel descansar, e ele estava sempre numa boa, a contar histórias e a lembrar episódios com os sócios. No fundo, tratava-os como se pessoas da família. E eram da família... da família benfiquista”, conclui João Carvalho.
Um apoio dissimulado
Apesar do abraço sentido dado a Manuel Vilarinho, na véspera das eleições, Eusébio nunca assumiu frontalmente o seu apoio ao candidato vencedor. Motivo: a candidatura de Vale e Azevedo ter-lhe-á feito chegar a mensagem de que, caso o triunfo não sorrisse a Vilarinho, Eusébio seria proibido de entrar nas instalações do clube. E isso era de mais. Vilarinho venceu e o Pantera Negra respirou de alívio.
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