Nem bom, nem mau, antes pelo contrário. O empate do Benfica no Mónaco não fecha as portas da Champions mas traduz-se por uma oportunidade perdida a avaliar por aquilo que se viu no (péssimo) relvado do Estádio Louis II.
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Depois das derrotas com o Zenit e Bayer, pedia-se que oBenfica abrisse uma janela no principado. O mau arranque na Champions refletiu-se no mau começo de jogo no Mónaco. Aos poucos, a equipa de Jesus subiu de rendimento e, mesmo sem jogar bem, impôs a melhor qualidade dos seus jogadores e poderia ter chegado ao golo.
Quando as coisas estavam a aquecer, repentinamente arrefeceram. A expulsão de Lisandro condicionou o jogo da equipa, retirou-lhe iniciativa e obrigou-a a recuar para não ficar definitivamente fora da luta. Assim, nem a porta se fechou, nem a janela se abriu por inteiro.Ficou uma frestazinha...
Sobressaltos
Com o regresso do melhor onze – e André Almeida em vez de Samaris – o Benfica entrou mal no jogo e tardou a encontrar-se. Essa demora poderia ter sido comprometedora. Aos 5’, Ocampos perdeu aquela que foi, de longe, a melhor ocasião de golo de todo o jogo: o passe de bandeja de Berbatov apenas solicitava ao jovem avançado argentino que encostasse o pé à bola, mas esta ganhou vida com o ressalto na relva e saiu por cima da barra.
O Benfica sobreviveu a esta primeira ameaça e se é certo que Artur não voltou a passar por grandes calafrios a verdade é que a equipa viveu em sobressalto. A facilidade com que oMonaco rompeu pelos corredores laterais exigiu outra atenções dos extremos e “prendeu” André Almeida e Enzo Pérez, não tendo disponibilidade para construir jogo.
Só através de iniciativas individuais é que oBenfica conseguiu reagir, com Lima a procurar os apoios ora de Salvio ou de Gaitán para tentar aparecer no jogo.
À medida que o tempo foi passando, o Benfica adaptou-se ao jogo e encaixou-se no Monaco. Começou a ter mais bola e a sair com mais critério.Mesmo sendo difícil apanhar o Monaco desorganizado, tornou-se evidente que a melhor qualidade individual dos jogadores doBenfica poderia marcar a diferença.
Encarnado...
Essa ideia galgou as fronteiras do sensorial quando avançamos na 2.ª parte. Depois de um remate cruzado perigoso de Martial (48’), o Benfica passou a mandar no jogo. A esse domínio somou algumas situações de golo iminente.
Uma das mais flagrantes foi criada por Gaitán (59’) que, depois de um túnel a Fabinho, já dentro da área, atirou com o pé esquerdo mas a bola foi defendida por Subasic junto ao poste.
Com o jogo a crescer de intensidade, o Benfica também foi subindo de rendimento e voltou a estar perto do golo em mais um lance que começou com uma arrancada de Gaitán (claramente o mais explosivo) e terminou com um disparo de Salvio que o guarda-redes monegasco desviou com o pé.
Nesse bom período do Benfica, Jesus trocou Talisca por Bebé, desviando Gaitán para o meio no apoio a Lima. A ideia de manter a profundidade mas dar maior contundência ao ataque era boa e os minutos seguintes confirmaram que o Benfica estava cada vez mais confortável no jogo e poderia chegar mais longe.
E vermelho.
Tudo ficou, porém, comprometido quando Lisandro entrou duro numa bola dividida com Moutinho e acertou de forma violenta no médio português. O argentino foi expulso e o Benfica preferiu jogar pelo seguro e recuou. Uma equipa mais confiante e em melhor momento provavelmente teria tido outra reação. Assim, fechou-se e resistiu ao assalto final do Monaco que no último minuto até poderia ter marcado.
O homem do jogo: Lisandro López
O Benfica estava por cima no jogo e dava a sensação de que poderia chegar ao golo quando Lisandro teve entrada imprudente sobre Moutinho. Foi expulso e condicionou o jogo. As águias tiveram de recuar e perderam a chance de ganhar.
Árbitro
Szymon Marciniak (nota 3)
Atuação equilibrada e praticamente sem falhas. A expulsão de Lisandro não sofre contestação. Errou ao não marcar falta de Talisca sobre Moutinho à entrada da área.
NOTA TÉCNICA
Leonardo Jardim (3)
No meio de muitos jogadores jovens de média qualidade, são os mais velhos que preservam o equilíbrio e a organização. Perdeu peça importante (Berbatov) e arriscou após a expulsão de Lisandro, terminando em alta.
Jorge Jesus (3)
A aposta em André Almeida não o terá dececionado. A equipa esteve sempre equilibrada e cresceu à medida que o tempo foi passando. Minutos depois de querer agitar o jogo com Bebé, foi traído por Lisandro.
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