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«Os que anunciaram o Apito Dourado como o maior escândalo do futebol português são os envolvidos agora»

Carlos Duarte, que fez parte do Conselho de Arbitragem, testemunhou na sessão desta manhã

• Foto: Paulo Calado/Arquivo

Por várias vezes ao longo da sessão que decorreu esta manhã no Campus da Justiça, Carlos Duarte comparou o Caso dos Emails ao Apito Dourado. O antigo árbitro, e também advogado, não foi meigo nas palavras quando convidado a falar da proximidade de Ferreira Nunes com o Benfica e também da ligação entre João Pinheiro, Nuno Cabral e Paulo Gonçalves. "É uma indignação porque assistimos publicamente ao impacto que o Apito Dourado teve na arbitragem. Todos sabemos o que foi dito por pessoas e clubes como o Benfica. Foi uma especial surpresa e estupefação, já que tivemos a certeza, com a divulgação dos emails, de um comportamento que temos vindo a condenar e repudiar. Acaba por ser irónica a postura de alguns dirigentes em toda esta temática. As pessoas que anunciaram o Apito Dourado como o maior escândalo do futebol português, são agora as mesmas que estão envolvidas neste caso", defendeu o antigo membro do Conselho de Arbitragem.

Com a presença de Francisco J. Marques, a testemunha da defesa de Diogo Faria, um dos arguidos neste processo, falou de "promiscuidades" suspeitas. "Encarei a proximidade de Nuno Cabral com o Benfica como uma traição porque não deixa de ser um ex-árbitro. E a palavra proximidade é muito simpática. ‘Promiscuidade’ com Paulo Gonçalves será o termo mais certo", analisou Carlos Duarte que, diante do coletivo de juizes, foi mais longe com as críticas: "Os contactos entre João Pinheiro e Nuno Cabral, que consequentemente contactava Paulo Gonçalves, não são próprios. Tenho a certeza que é motivo de sanção em termos disciplinares e, eticamente, não há condições para apitar jogos do Benfica e de alguns outros clubes. A clubite não pode prejudicar a tarefa dos agentes."

Recorde-se que Francisco J. Marques divulgou no Porto Canal um email onde ficava claro que João Pinheiro enviou a Nuno Cabral, na altura delegado da Liga, o relatório de um jogo que dirigiu entre o Moreirense e Belenenses, no qual teve uma avaliação positiva. Mais tarde, o árbitro apresentou uma reclamação da nota da avaliação que lhe foi feita, a qual voltou a enviar a Nuno Cabral. Este, reencaminhou o referido email a Paulo Gonçalves, antigo assessor jurídico das águias. Francisco J. Marques levantou a hipótese desta troca de emails pretender mover influência junto das águias para que fosse possível melhorar a nota do árbitro.

Carlos Duarte não terminou o seu testemunho sem deixar uma ‘bicada’. "Se calhar, estamos a assistir a algumas manifestações perigosas esta época, mas quero acreditar que não é nada", atirou.

Por Rita Pedroso
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