Acabou por integrar a digressão a África devido à lesão de Nélson e assinou uma prestação positiva no particular disputado com a selecção de Angola. Depois de ter rodado no Olhanense, o lateral-direito só pede uma oportunidade para se mostrar a Quique Flores.

Abordando a possibilidade de ficar no Benfica, o jovem refere: “Quero fazer a pré-época para mostrar ao novo treinador que pode contar comigo. Sei que se calhar nem vou ser a primeira opção, mas acho que mereço uma oportunidade. Quero ser mais no Benfica do que o defesa do penálti dos milhões no Dubai”, sublinha.

No Algarve, trabalhou sob as ordens de Diamantino – técnico que poderá reencontrar na Luz – e reconquistou a autoconfiança que nunca adquiriu em Lisboa. “A experiência na 2.ª Liga foi muito importante para mim. Precisava de jogar e isso aconteceu com regularidade. Senti-me sempre acarinhado e isso é muito importante. Vim de um ano no Benfica em que só treinei e disputei alguns desafios particulares. No Olhanense readquiri a confiança”, sublinha.

Confiança em Rui Costa

Produto das escolas encarnadas, o defesa não esconde alguma tristeza pelo desaproveitamento que é feito dos jovens na Luz. “Já me questionei várias vezes por que razão não se aposta na prata da casa. É preciso mudar a mentalidade e espero que isso aconteça agora com o Rui Costa. Já temos o centro de estágio no Seixal, agora falta cimentar a aposta”, argumenta.

Analisando a forma como o rival Sporting trabalha, Pedro Correia ressalva a tolerância que existe em Alvalade: “Lá, houve jogadores que tiveram sete e oito oportunidades em que não jogaram tão bem e, ainda assim, não deixaram de ter oportunidades. No Benfica não há tantas chances e, quando surgem, temos de fazer grandes jogos de forma contínua para agarrar o lugar. Deixam errar outros mas nunca os jovens.”

Reconhecendo que esta situação provoca “alguma ansiedade”, Pedro Correia sonha com a afirmação no seu clube do coração. “Estou tranquilo.”