Para lá de ter sido campeão nacional, o Benfica de 2018/19 destacou-se também por um registo goleador incrível, ao finalizar a Liga NOS com 103 golos (mais 29 do que o FC Porto). Uma soma de golos que foi claramente inflacionada após a chegada de Bruno Lage, um treinador que segundo Pizzi libertou a equipa para entrar em campo para disputar um futebol de rua.

"Acima de tudo entrávamos em campo com muita responsabilidade para representar o Benfica mas tínhamos a liberdade de entrar em campo para praticar um futebol como se fosse de rua, com toda a responsabilidade. A prova disto é que fizemos 103 golos na Liga. É notório do nosso caudal ofensivo. É como se estivéssemos na rua a jogar", admitiu o médio, que à SportTV explicou onde se sente melhor em termos posicionais.

"Depende das ideias do treinador. Comecei a 8 com Jorge Jesus. Defensivamente, não sou de longe nem de perto o melhor jogador do Mundo e sei das minhas debilidades. Jogando com 2 no meio-campo claro que se pode notar essa debilidade defensiva da minha parte. Jogando com 3 no meio como estávamos a fazer com o mister Rui Vitoria é diferente. Já tínhamos outra capacidade de mudar, de ocupar o espaço. Isso acaba por me beneficiar. Jogando em 4x4x2, na direita é onde me sinto mais confortável porque além de ter muito mais liberdade estou muito perto da baliza adversária e mais perto de assistir, que é uma das coisas que mais gosto. Acima de tudo posso ser um jogador mais decisivo para a equipa porque estou mais perto da zona de finalização, mais perto de ajudar os meus companheiros a fazer golos. Tenho essa liberdade de movimentos e acabo por ser um corpo estranho para os adversários por aparecer muito entrelinhas, os laterais não sabem se vão ou ficam. O mister Bruno Lage quer muito passe entrelinhas, muita dinâmica e arriscar aquele passe para romper a equipa adversária, acho que me favorece bastante", explicou.