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16 setembro

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Rui Costa e o futebol "num país como este": «Por mais que custe aos adeptos um clube não sobrevive sem vendas»

Presidente dos encarnados lamenta não poder conseguir as joias da coroa, pela dificuldade de competir com os colossos europeus

• Foto: Rui Minderico

A frase não é nova e já foi referida por vários presidentes de clubes portugueses, mas Rui Costa admite ser uma tristeza para si não ter capacidade para conseguir segurar os maiores talentos da equipa. Ao comentar a saída de Gonçalo Ramos, em entrevista à 'Liga TV', o presidente do Benfica vincou que lida com isso com "desagrado".

"Como é que se gere a saída de um titular da equipa? Com desagrado porque vivemos num país como este. Tenho o maior orgulho em Portugal, mas num país como o nosso, obrigatoriamente - e as pessoas têm que se mentalizar disso por mais que custe a qualquer adepto ou a qualquer sócio -, os clubes não podem sobreviver sem vendas. O que procurámos com essa venda foi, entre variadíssimas coisas, proteger o resto do núcleo. Havia uma vontade explícita do Gonçalo Ramos - não é que ele não considere que o Benfica seja o maior clube do Mundo, mas, infelizmente, nós em Portugal não temos as condições para pagar os mesmos salários que outros clubes pagam noutros países. A diferença salarial entre aquilo que o Gonçalo tinha no Benfica nos nossos máximos para aquilo que ele possa ter em França - que não sei quanto é, mas presumo - é abismal. Acredito que é evidente que na vontade do jogador também há esse passo", vincou o líder dos encarnados, antes de explicar que a saída do algarvio teve um aspeto positivo: "Procurámos olhar também do ponto de vista desportivo e não só financeiro. Volto a repetir, não há clube em Portugal que possa sobreviver sem vendas. Depois conjuga-se isso com o ponto de vista desportivo. A saída do Gonçalo naquele momento permitiu ao Benfica manter muitos mais jogadores e construir uma equipa à volta disso. Vê-se a saída do Gonçalo com desagrado mas sem grandes possibilidades de fazer de forma inversa e procurando que essa saída pudesse servir para manter outros jogadores na casa, não um, não dois, mas até três ou quatro".

Rui Costa, na referida entrevista à Liga TV, abordou ainda o processo de afirmação e renovação de João Neves pelo Benfica, jogador a quem trata, com carinho, por 'Joãozinho'. "

"A renovação do Joãozinho era praticamente matemática. Ele começou a época passada na equipa B, começa a treinar a meio do ano com a equipa principal e a dar nas vistas. Roger Schmidt aposta nele muito cedo e ele justificou sempre essas apostas. Na última AG tive a oportunidade de dizer que ele fez a parte final toda do campeonato ainda com o contrato da equipa B. Talvez tivesse sido das renovações mais fáceis que tive dentro do clube porque a nossa vontade era aquela e porque o João nem queria saber o que vinha no contrato, queria era saber se era jogador do Benfica ou não e foi isso que aconteceu. Estamos muito felizes por ser mais um jogador da nossa formação a vir para cima e a ter este prazer em jogar no clube", anotou.

Por Nuno Miguel Ferreira e Valter Marques
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