Rui Costa sobre a cláusula e comissões no negócio Enzo: «Exigimos, para além dos 120M€, uma verba que chegasse aos 5M€»
Rui Costa sobre as comissões no negócio Enzo
"O pagamento é parcelado. Há a ideia de que o pagamento tem de ser a pronto, mas volto a referir que o valor da cláusula não tem de ser a pronto. Ainda assim, insistimos, fomos batalhando durante aquelas horas, para que tivéssemos uma margem, uma almofada que nos desse a possibilidade de transformar qualquer modelo de pagamento que fosse numa almofada para podermos assegurar o levantamento das prestações que iriam ser feitas. Daí, exigimos para além dos 120M€, uma verba que chegasse aos 5M€ para esse fim. Nunca abdicámos desse objetivo e o negócio só se efetua quando chegámos a essa verba.
O Chelsea não paga os 125M€, paga os 121M€, um milhão acima do valor da cláusula e retira-se aos representantes 4 milhões e meio que permite a tal almofada que pretendíamos para fazer o levantamento das prestações, os juros. A operação para nós, que temos os 75 por cento do Enzo, vale como uma operação a pronto. Continuamos com uma almofada de 5M€. De uma forma ou de outra chegámos lá. Não saiu abaixo do valor da cláusula mas sim 5,5M€ acima desse valor. Ainda assim, quero que fique bem claro, nunca foi a nossa prioridade. Não foi por acaso que este negócio foi até ao limite do tempo.
Não se consegue trazer um jogador que tenha muito mercado sem dar ao agente um mandato de venda. Não se consegue uma transação destas sem isto. Esses dez por cento têm de ser pagos. Não é só no Benfica, é uma situação global. Nesta transação, reduzimos essa verba em 3,5 por cento. Não há como fugir a isto. Quando vamos um Enzo da vida nenhum empresário aceita que o jogador venha para o Benfica sem ter isso garantido porque todos os outros clubes o fazem em jogadores desta envergadura. Quando se faz a aquisição do jogador, não assina sem que o agente assine também. Foi assim, mas em vez de 10 por cento foi 3,5."