Atual presidente do Benfica diz que não se arrepende de ter contratado o colombiano
Em entrevista à SIC, Rui Costa abordou vários temas relacionados com a atualidade do Benfica, incluindo sobre a contratação de Richard Ríos. Questionado sobre se estaria arrependido de ter contratado o médio colombiano, o presidente das águias foi claro.
"Arrependido? De todo. Chegou agora. Muitas vezes, no Benfica, temos esta impaciência. É um jogador que veio da América do Sul, neste caso do Brasil. Sabemos que muitos jogadores, quando chegam à Europa, que precisam de alguns meses de adaptação. Richard Ríos ainda está a jogar muito com o peso que custou e isto afeta mais ou menos o jogador. Não se pode esperar que Richard Ríos, só porque custou aquele valor, que tenha que driblar 30 jogadores por jogo ou fazer 40 golos por temporada, porque não é isso que se pede a Richard Ríos. Não tem as mesmas características (do Rui Costa jogador). É um jogador de equilíbrio de meio-campo, de potência de meio-campo. Não é um criativo, um 10, um jogador para fazer a diferença em termos técnicos na equipa. Sabemos muito bem porque fizemos a aquisição de Richard Ríos. Quando foi contratado pelo Benfica, até foi uma surpresa termos conseguido um jogador desta dimensão, por aquilo que estava a fazer no Brasil, na seleção da Colômbia e tem a minha convicção plena que vai fazer no Benfica", frisou.
OUTROS TEMAS
Momento em que assume a presidência: "Ninguém me pôs uma pistola na cabeça para que eu aceitasse o cargo naquele dia. A urgência de apresentar um presidente naquele dia foi em prol do Benfica."
"Cheguei com um plantel com 13 jogadores na casa dos 30 anos. Considerei fazer uma revolução completa e foi isso que fiz. Era um plantel que tinha jogadores que estavam a entrar em idades que não davam rendimento desportivo ao Benfica, assim como financeiro. Os benfiquistas podem estar descansados, não têm um louco à frente do Benfica, mas sim uma pessoa muito responsável e que jamais poria o Benfica numa situação crítica financeiramente."
Saída de Domingos Soares de Oliveira: "Chegámos a um acordo. Entrei no mesmo dia, praticamente na mesma altura, em que Luís Filipe Vieira saiu. A equipa estava montada. Segui uma equipa que estava preparada, montada e que sabia os destinos do clube. Paulatinamente, fui mudando aquilo que entendi no clube, até chegar até hoje e criar uma equipa nova. A administração do Benfica que acaba este mandato já são todas pessoas novas, da minha confiança."
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"Não sou um herói, não me considero um herói, mas jamais poderia dizer não ao Benfica naquele momento. Jamais ocuparia este cargo por ser um sonho de criança, como ouvi. Ocupei este cargo pronto e preparado."
Vínculo de Mourinho: "É um contrato natural. Todos os contratos que eu fiz com treinadores no Benfica foi de dois anos. Mourinho está extremamente empenhado. Seleção? O que eu ambiciono é que essa cláusula nunca seja acionada, não tem nada a ver com a Seleção Nacional. Mourinho está muito satisfeito e empenhado no Benfica."
Benfica District: "Nada terá a ver com o dia a dia do clube, nada terá a ver com as contratações para o futebol ou para as modalidades. Benfica já tem muitas propostas para financiamento deste projeto, financiamento total. É um projeto que se pagará a ele próprio. Vai dar muito melhores condições aos nossos adeptos. Investimento português ou estrangeiro. Temos de ambas as partes. Quando chegar à altura, iremos escolher a mais benéfica para o clube. Acima de tudo, vai dar a possibilidade de termos o estádio com 80 mil lugares, uma melhor experiência para os adeptos, melhores condições para as nossas modalidades e um retorno de 40 milhões de euros/ano, que serve para aquilo que é o futuro do Benfica."
Direitos televisivos: "É verdade que temos propostas no dia de hoje que já superam o que temos no presente, mas que não aceitámos essas propostas por dois motivos muito simples: uma porque acreditamos que podemos chegar mais longe e outra porque estamos num momento eleitoral e seria incorreto da minha parte eu aceitar uma proposta que considerasse [é interrompido]... Por questões negociais, não vou divulgar o valor da proposta. Acima de 40 milhões. Queremos mais do que temos hoje em cima da mesa. O facto de estarmos num período eleitoral, seria incorreto da minha parte dizer que tinha fechado um contrato apenas para dizer que tinha fechado um contrato quando eu próprio estou convencido de que o Benfica pode receber mais. O Benfica quer andar na ordem dos 70 milhões de euros."
Estatuto do Benfica que determina que uma direção caia ao fim do chumbo de dois Relatórios e Contas
"Foram os Estatutos que os sócios aprovaram e as alíneas que os sócios do Benfica quiseram inserir nos Estatutos do Benfica e que eu considero um perigo para o futuro do Benfica. Esta parte. Considero que os Estatutos do Benfica, que foram feitos da forma mais democrática que podiam ter sido feitos, e apesar de o Benfica estar mais forte e blindado para o futuro, não deixam de ter algumas alíneas como esta que será um futuro para o perigo do Benfica. Foi a AG que promoveu esta alínea e que não deixa de ser perigosa para o futuro do Benfica porque não podemos confundir as coisas. Ainda na última AG foi chumbado um Relatório e Contas de 30 milhões de euros positivos, o que é uma situação muito estranha. O terceiro melhor resultado do clube. Nesse sentido é um perigo. Essa votação deve abranger muitos mais sócios do Benfica sobre uma matéria que é muito importante para o futuro do Benfica."
Campanha contra o Benfica? "Consideramos que em muitas situações o Benfica foi prejudicado. Nem vale a pena aqui recordarmos o que se passou na final da Taça de Portugal. Como eu costumo dizer, tiraram-nos a Taça já dentro do Museu Cosme Damião"
Lençol verde? "Ainda temos de explicar como é que um presidente sabe quantos funcionários são do Benfica, do Sporting ou do FC Porto. É uma situação que ainda está por explicar e que nos deixa muitas dúvidas também. Acima de tudo, o Benfica vai manifestar-se sempre que achar que está a ser prejudicado. Isto não significa que não apoie um projeto federativo, seja com as ideias que estão implementadas para o futebol português. Somos todos responsáveis pelo ambiente no futebol português. Toda a gente tem de ter a responsabilidade de ajudar ao crescimento do nosso futebol."
Benfica não ganhou mais nestes anos por causa da arbitragem? "O Benfica não ganhou por muitos motivos. Se olharmos para a Taça de Portugal, foram os árbitros que impediram-nos de ganhar. Os próprios árbitros admitiram isso a seguir à final da Taça. Na parte final do campeonato do ano passado, temos muitas razões para nos queixarmos. Isso não tira o mérito de quem ganha e nós também temos a nossa quota de responsabilidade."
Áudio do Seixal: "Muita coisa que eu vi foi na base do adivinhar porque aquilo é muito longe e, segundo se lembram, muitas palavras nem se conseguem perceber. Foram escrevendo e pondo legendas que não faziam sentido nenhum. Esse áudio é feito no átrio do Seixal e apanhado por uma câmara de um canal de fora do Seixal. Não houve ninguém de dentro do Seixal, como na altura ouvi [...]. Se soubesse [que estava lá uma televisão], não o tinha feito. Foi uma conversa de alma que estava a ter com alguém. Saíram-me as palavras depois de um dia em que as paixões estavam ao rubro. Estava a transmitir aquilo que era o meu sentimento na altura."
Relações cortadas com Varandas? "Não. Tenho uma relação de cortesia. Não jantamos juntos nem almoçamos juntos. Já o fizemos, mas em situações em que o futebol português estava em conjunto, em Cimeiras, em Galas em que fomos convidados, nunca almocei com Frederico Varandas ou André Villas-Boas para discutir o quer que fosse. Para mim, umas coisas não eliminam outras. Neste momento, as relações estão mais acesas porque toda a gente se está a manifestar, mas não tenho relações cortadas com ninguém. Para a indústria do crescimento do futebol não há relações cortadas com ninguém: Sporting ou FC Porto."
Julgamento do Cartão Vermelho que começa no dia 29: "Se assinei algum desses documentos relacionados com esses jogadores? Tenho a assinatura, creio eu, que em dois jogadores, num cheque e num contrato. Mas fazia parte das nossas funções na altura, que eram duas assinaturas. Portanto, serem assinados não elimina que nós não saibamos o que estamos a assinar, mas ao mesmo tempo que quando estás a assinar um contrato de futebol que haja ali alguma situação obscura que não possas adivinhar."
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