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14 dezembro

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Salvio quer imitar Drogba

Salvio quer imitar Drogba
Salvio quer imitar Drogba

A esperança é a última a morrer e Salvio mantém-se na rota do embate com a Juventus, em Turim, referente à segunda mão das meias-finais da Liga Europa. Operado na segunda-feira, com sucesso, ao osso do cúbito do antebraço esquerdo, El Toto inspira-se, entre outros, no exemplo de Drogba, avançado da Costa do Marfim, que defrontou Portugal no Mundial da África do Sul, em 2010, onze dias após ter fraturado o osso do cúbito do antebraço direito.

A bola está do lado do jogador e do departamento médico do Benfica, que está a estudar profundamente a situação, sendo soberano o seu veredito. Para alinhar na quinta-feira, em Itália, o argentino precisa, então, de continuar a recuperar bem, ter luz verde do staff médico e utilizar uma proteção semirrígida, que lhe diminua praticamente a zero – só se a pancada for extraordinariamente forte – o risco de uma nova fratura.

Aquele que parecia, ao princípio, um cenário completamente negro para o camisola 18 pode tornar-se, somente, uma conjuntura difícil, mas ultrapassável a curto prazo. Em consonância com o departamento clínico, o futebolista, de 23 anos, tudo fará para ser opção em Itália. Contactado ontem por Record, João Pedro Oliveira, ortopedista que trabalhou no Estrela da Amadora, exercendo agora a profissão no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, aborda a problemática da utilização de uma proteção, a qual é indispensável e... permitida pelas Leis do Jogo do International Board.

“A estrutura tem que ser de material semirrígido e relativamente maleável, caso contrário não é permitida, para não haver risco de magoar um adversário. Alinhar com gesso está, portanto, fora de questão. A proteção necessita de se adaptar perfeitamente à zona afetada, imobilizando-a e protegendo-a de quedas ou pancadas”, explica João Pedro Oliveira, alertando: “Falo em abstrato, pois não conheço o caso de Salvio. Mas seja qual for a cirurgia, existe o risco de cair e voltar a fraturar o osso. Não há segurança absoluta!”

Domingos Gomes

Ex-médico do FC Porto, Domingos Gomes não teve problemas, em 2010, em comentar de forma otimista a hipótese de Drogba defrontar Portugal, onze dias depois de fraturar o cúbito, tal como agora sucede com Salvio em relação à Juventus. “Imobilizando a zona cuidadosamente com resinas, ou seja, materiais leves e que não afetem os movimentos normais do braço/cotovelo, Drogba pode dar o contributo à equipa”, antecipava.

Árbitro é soberano mas lei autoriza “acessório”

É na Lei 4 que se lê que “o equipamento usado não deve em nenhum caso apresentar qualquer perigo” para os jogadores, companheiros e adversários, advertindo-se ainda que o material usado deve ser de borracha, plástico ou qualquer outro similar.Ou seja, esta proteção não pode ser rígida e deve ser maleável.Naturalmente, qualquer “acessório” extra, seja para proteger o braço, a face ou uma perna, terá de ser inspecionado pelo árbitro, a quem cabe a última palavra. Certo é que Salvio, se for a jogo, terá de atuar de manga comprida ou com a proteção tapada, já que tem de haver uniformidade com a cor predominante da camisola que os jogadores usam.

16 dias até aos golos

Didier Drogba não esquecerá os dias alucinantes que passaram desde a lesão até ao jogo com Portugal, no Mundial de 2010, que marcou o regresso do atacante aos relvados, com uma proteção especial no braço. E muito menos os 16 dias até voltar aos golos, o que aconteceu a 20 de junho na derrota da Costa doMarfim diante do Brasil. O avançado foi operado a 5 de junho na cidade suíça de Berna, um dia depois de ter sido lesionado por Tulio Tanaka (15’) no particular com o Japão.

Drogba chegou a temer o pior e disse que ia perder o Mundial, mas a 10 de junho estava a chegar a Joanesburgo, para o estágio da seleção. A 15 de junho, aos 66 minutos do jogo com Portugal, o selecionador da Costa do Marfim, Sven-Goran Eriksson, fez entrar Drogba. “Senti-me bem e estou pronto para continuar”, disse o jogador no final. E continuou por mais 180 minutos, frente ao Brasil e Coreia do Norte.

Argentino com vontade

Salvio é parte fundamental em todo o processo e a verdade é que tem andado animado com a possibilidade de regressar mais cedo. O argentino lesionou-se a 20 de abril, no jogo do título com o Olhanense, e foi operado à fratura do cúbito do antebraço esquerdo no dia seguinte. A 1 de maio, o camisola 18 cumpre 10 dias de pós-operatório, o mesmo tempo que Drogba teve desde que foi operado até ao jogo com Portugal. Para o osso solidificar são precisas oito semanas, mas o facto de os futebolistas não precisarem do braço para jogar facilita um eventual regresso.

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