Treinador do Benfica analisou o empate (1-1) caseiro com o Rio Ave
"Responsável o Rio Ave pela estratégia que utilizou ao nível emocional, de parar o jogo e retardar o jogo. Responsabilidade do árbitro e disse-lhe ao intervalo: por que razão não dá um cartão amarelo a um guarda-redes ao minuto 15 ou 20? Porque se isso acontece, o jogo é completamente diferente. Árbitros também têm responsabilidade de melhorar o futebol, como nós. Eu também já fiz o mesmo e talvez vá fazer outra vez. Tivemos pouco jogo interior, recuperávamos bolas e em vez de orientar, jogávamos novamente para trás. Com uma relva fantástica para jogar depressa... Culpa minha também porque optei para jogar com esta equipa. O Lukebakio não tinha condições para jogar muito mais do que aquilo que jogou. Mas estou muito contente com a segunda parte. Se pudesse fazer com que o jogo terminasse com o nosso golo... muito contente com a nossa segunda parte."
Como sentiu os adeptos consigo no primeiro jogo na Luz?
"Não senti. Eu no jogo não sinto, eu trabalho. Não senti. Não ser consensual fui eu o primeiro a dizê-lo, não preciso que o repitam. É muito difícil ser-se consensual. Não é algo que me preocupe porque não é algo que eu possa controlar. Se temos estofo ou não, vamos ver no final do campeonato. Neste momento temos quatro pontos a menos que o FC Porto e menos um que o Sporting, considerando que estes são os candidatos ao título, não sei se Sp. Braga ou V. Guimarães se consideram, ainda falta muito. Falta muita coisa."
Não concorda com o futebol atual, mas este é o futebol atual...
"É o futebol atual, que eu não sou obrigado a gostar. Não gosto deste tipo de golo anulado, seja para um lado ou para o outro. Não quer dizer que eu esteja a ser crítico. Honestamente, não acho que seja golo para ser anulado. Um jogador que eventualmente simula fora da área, aos 5 minutos de jogo, leva cartão amarelo? Nem sei se simulou. Mas há jogadores que passam o jogo todo a retardar... mas lá está, são critérios. Não gosto de ir por aí, não foi por aí, não foi pelo árbitro que não ganhámos."
Como se gere uma equipa que não fez pré-temporada e que o cansaço é diferente?
"Hoje foi a vontade de ganhar, de fazer as coisas bem, a vontade de dar tudo e ser Benfica, que foi isso que fez esconder algumas limitações ao nível físico. Jogaram há dois dias, a forma como o trabalho foi gerido no pós pré-época é algo que não consigo identificar, mas com este volume de jogos, de dois em dois dias, nota-se que faltou um pouco de frescura. Não quis mudar, quis dar sequência ao que fizemos no primeiro jogo. Na cabeça deles, aquele golo foi o golo da vitória e em vez de mudar o chip e entrar na dinâmica de que 'agora é para segurar', não defendendo, mas com posicionamento diferente, foi o erro."
Dores de crescimento da mudança da equipa técnica. Teme que possa ser um retrocesso?
"Eu acho que esta segunda parte é melhor que a segunda parte na Vila das Aves. Tem mais qualidade, mais consistência. Tivemos 35 minutos verdadeiramente bons. Bola perdida e bola recuperada. Se dividirmos os meus dois jogos em quatro partes, esta foi claramente a melhor. Uma coisa é ganhar com um golo já perto do final e outra perder dois pontos com um golo aos 90'+1. Se não é ingenuidade, é pouco entendimento do jogo. É frustrante, mas é o que é e temos que andar."
"Se isto é o futebol de hoje, se se anula um golo por um dedinho ter sido pisado ou por uma camisolinha ter sido puxada, eu não gosto deste futebol de hoje. Acaba por ser o protagonista do jogo o Sr. que estava na Cidade do Futebol ao chamar o árbitro para ver aquilo que vimos e depois o árbitro não ter personalidade, que normalmente não têm, quando vi que foi chamado já sabia que ia ser anulado. Na segunda parte fizemos de tudo. Não somos uma equipa com grande presença na área, nem física nem de características de área. Fizemos um bom golo. Perdemos dois pontos importantes."
"Resultado é extremamente injusto, uma equipa quis ganhar a outra quis empatar. Fomos penalizados com um resultado que é obviamente péssimo, contra um adversário que fez um golo fantástico do ponto de vista técnico no único remate que fez à baliza. Na perspetiva de treinador do Benfica, não se pode sofrer aquele golo aos 90', depois de 45 minutos de tanta qualidade, de um jogo tremendo. Fizemos tudo para ganhar. Fizemos um golo, não se pode sofrer um golo a ganhar 1-0. Pode-se sofrer um golo naquele momento, mas de forma diferente, não onde o portador da bola, o Enzo ou o Ríos, se não me engano, e estão 6 jogadores à frente da linha da bola. Ter apenas três é ingénuo. É ingénuo, é pouca experiência global e pouco entendimento do jogo. Devíamos ter circulado e sem perigo, o que fizemos de mal na primeira parte. Dói o resultado e a injustiça do mesmo, assim como a forma como sofremos o golo. Na primeira parte tivemos bola, mas sem grande objetividade. Na segunda parte, com os dois jogadores que entraram, a equipa andou de outra maneira e começou a criar."
Siga aqui a conferência de imprensa de José Mourinho, de análise ao Benfica-Rio Ave (1-1).
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