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25 outubro

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Sporting: A ausência dos dínamos

Ricardo Sá Pinto, Marius Niculae, Simão Sabrosa e Tomo Sokota. Eis quatro elementos que podiam significar outras potencialidades e outro tipo de espectáculo no "derby" do próximo domingo. Estão todos a recuperar de lesões graves e falham, por isso, um dos jogos mais apetecidos da I Liga. Em comum têm ainda outro aspecto. O regresso aos relvados só vai acontecer na próxima temporada

Sporting: A ausência dos dínamos
Sporting: A ausência dos dínamos • Foto: Carlos Patrão

RICARDO Sá Pinto e Marius Niculae vão falhar o "derby" do próximo domingo e se qualquer destas ausências não constitui notícia de última hora, o certo é que a "baixa" dos dois dínamos do Sporting não pode ser desvalorizada ou esquecida.

Em termos práticos, importa sublinhar que a equipa leonina soube ultrapassar o facto de não poder contar com estes dois jogadores desde o ano passado. Aliás, o período de ausência é bastante diferente – Sá Pinto não alinha pelo Sporting desde o início de Novembro, enquanto Niculae se lesionou a poucos dias do final de Dezembro –, pelo que as opções entretanto tomadas por Laszlo Bölöni tiveram tempo suficiente para, quatro meses depois, consolidar um modelo de jogo.

A influência de ambos os jogadores no actual primeiro lugar do Sporting não é – independentemente do longo período de ausência – negligenciável. Mesmo se Ricardo Sá Pinto só alinhou em sete partidas e se Niculae ficou inactivo ainda antes do final da primeira volta.

O português dispensa apresentações. É igualmente uma baixa na selecção nacional para o Mundial da Coreia e alia o tecnicismo a uma forma "leonina" de abordar o jogo que não encontra muitos rivais. O termo "dínamo" aplica-se por isso sem qualquer favor ou reserva.

A temporada de 2001/2002 fica para a história da carreira de Sá Pinto como uma das menos profícuas. O jogador alinhou apenas em sete partidas da I Liga, fez apenas um jogo completo e só por uma vez conseguiu fazer o gosto ao pé – na 10ª jornada, quando os leões foram golear (6-0) o Paços de Ferreira à capital do móvel. Curiosamente, este seria também o último encontro realizado por Sá Pinto na actual edição da I Liga. Quatro dias depois, frente ao Halmstads, o jogador lesionou-se no joelho direito e começou aí um "calvário" que culminou com a intervenção cirúrgica ocorrida há cerca de um mês (a 15 de Março) em Madrid.

Praticamente na mesma altura em que Sá Pinto era submetido a intervenção cirúrgica, Marius Niculae regressava ao trabalho de relvado após a operação realizada a 4 de Janeiro deste ano. O romeno que Bölöni trouxe para Alvalade lesionou-se a 22 de Dezembro último, nos minutos finais do jogo com o V. Setúbal e o Sporting perdeu uma pedra importantíssima na manobra ofensiva da equipa.

Não apenas em função dos golos apontados – sete, em 16 jogos na I Liga –, mas também pelo estilo possante, outro "dínamo" na forma de ajudar a equipa a subir no terreno.

Niculae era já uma das excelentes revelações da prova e a lesão nos ligamentos cruzados anteriores do joelho esquerdo obrigou-o a interromper uma carreira que todos auguram como sendo de topo. Para a história desta edição da I Liga ficam os golos apontados, as arrancadas em força, sem medo de apostar no um para um e o pormenor curioso de ter pontuado a estreia com um golo, logo na primeira jornada da prova.

Sem os "dínamos", o Sporting apresenta outros pólos de energia, suficientes para liderar a I Liga quando faltam apenas três jornadas para o final. Como seria se ambos estivessem "au point"?

Ninguém pode responder com objectividade a esta questão, mas é curioso citar, em jeito de rodapé, a opinião de Luís Duque, expressa a 30 de Março último ao nosso jornal: "Foi pena o azar do Niculae e também o do Sá Pinto. Com eles, o título já seria uma realidade nesta altura." Os leões estão agora a duas vitórias do título e o encontro de domingo tem uma importância especial.

Na primeira volta, na Luz

Niculae foi o único dos dois futebolistas a estar presente no encontro da primeira volta no Estádio da Luz. Tal como nas partidas anteriores, o romeno foi titular e, desta vez, cumpriu a totalidade do tempo de jogo.

O nosso jornal pontuou-o com nota três e analisou a produção do romeno assim: " O tanque romeno não deu descanso.Como de costume, correu quilómetros, movimentou-se com inteligência e manteve o critério de desmarcação, que o torna perigosíssimo na área. Não teve espaço para aplicar o pé esquerdo, mas estava no sítio certo, aos 68', quando Pedro Barbosa cruzou perfeitamente da direita. Elevou-se bem e cabeceou à trave."

Niculae é um dos mais utilizados pelo treinador do Sporting...

O romeno já está fora dos relvados há cerca de quatro meses, mas continua ainda na lista dos jogadores mais utilizados por Lazlo Bölöni. João Vieira Pinto lidera este "ranking", com 2410 minutos, seguido por Jardel com 2312 e de Rui Jorge com 2295. Niculae surge na 11ª posição com 1378 minutos, mais tempo de utilização do que Pedro Barbosa ou César Prates, por exemplo.

... E Simão Sabrosa lidera «ranking» dos encarnados

Pedro Mantorras pode tornar-se este domingo no jogador mais utilizado pelo Benfica na presente temporada. Precisa, no entanto, de jogar pelo menos 63 minutos para ultrapassar Simão Sabrosa. O jogador que veio do Barcelona tem 2287 minutos de I Liga 01/02, mas menos um jogo completo que Mantorras.

A «derrota» da selecção expressa numa lesão grave

O Portugal-Finlândia do mês passado fica para a história por diversas razões. Não só em função do resultado (1-4), do comportamento menos próprio de alguns sectores do público, mas sobretudo pela lesão de Simão Sabrosa. De resto, alguém disse que a maior derrota da selecção nesse jogo tinha sido a lesão do jogador do Benfica.

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